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Atirador da FedEx nos EUA foi interrogado pelo FBI

Agentes falaram com Brandon Scott Hole, após denúncia da mãe, mas não o prenderam por falta de indícios de atividade criminosa.

18 de abril de 2021 às 09:41

O autor do massacre que vitimou oito pessoas num armazém da FedEx em Indianápolis, na tarde de quinta-feira, tinha sido interrogado pelo FBI no ano passado. O interrogatório teve lugar depois de a mãe de Brandon Scott Hole, de 19 anos, telefonar para a polícia, alertando que o filho podia cometer um ato violento para se fazer matar pela polícia.

O agente especial do FBI Paul Keenan, da delegação daquela agência policial em Indianápolis, confirmou o interrogatório e disse que a mãe do suspeito deu o alerta depois de encontrar “objetos suspeitos” no quarto do filho. Keenan não confirmou se eram armas, mas relatório obtido pela Associated Press revela que foi apreendida uma ‘shotgun’ que não foi devolvida, pelo que não foi essa a arma do crime.

Brandon não foi detido em 2020 porque, como explicou Keenan, nas buscas feitas à casa dos Hole não foram encontrados indícios de atividade criminosa nem de que Brandon perfilhasse algum tipo de ideologia racista ou terrorista.

Apesar de tudo, o racismo é uma possibilidade, pois quatro das oito vítimas (ver caixa) são sikh. Por isso, a comunidade sikh pediu “uma investigação exaustiva à possibilidade de o preconceito racial ter contribuído para o crime”. Além dos 4 sikh foram identificados Mathew Alexander, de 32 anos e Samaria Blackwell, de 19.

Protestos contra morte de Toledo

Centenas de pessoas desfilaram este sábado pelas ruas de Chicago, pelo segundo dia consecutivo, depois de um vídeo mostrar um polícia a matar a tiro Adam Toledo, de 13 anos. “Mãos no ar, não disparar!”, entoaram centenas de vozes. Adam estava de mãos no ar quando foi baleado.

A FedEx revelou este sábado, em comunicado, que Brandon Scott Hole, autor do massacre de Indianápolis, era um antigo empregado que deixou a empresa em 2020. As razões da saída não foram mencionadas.

O presidente dos EUA, Joe Biden, ordenou a colocação das bandeiras a meia haste por causa do massacre, e classificou esse e outros massacres recentes como “motivo de vergonha nacional”. E acrescentou: “Todos os dias há um massacre nos EUA. Isto tem de parar”.

Comunidade sikh em estado de choque

A comunidade sikh de Indianápolis está em choque, pois pelo menos quatro das oito vítimas do ataque à FedEx eram sikhs. Foi confirmada este sábado a identidade de quatro mortos: Jasvinder Kaur, de 50 anos; Amarjit Sekhon, de 49; Jaswinder Singh, de 70 e Amarjeet Johal, de 60. Apesar de o motivo do crime ser desconhecido, os sikhs temem ser visados por serem tomados por muçulmanos, como aconteceu após o 11 de Setembro.

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