Polónia acusa Bielorrússia de “ataque híbrido” contra a UE. Migrantes terão sido trazidos em voos fretados pelo regime de Lukashenko.
Famílias, crianças e bebés concentrados em campo de migrantes na fronteira da Bielorrússia com a Polónia
A tensão entre a União Europeia (UE) e a Bielorrússia está ao rubro, fazendo crescer os receios de uma escalada violenta. A Comissão Europeia acusou esta terça-feira o presidente Alexander Lukashenko de “atitude criminosa e desumana”, depois de milhares de migrantes, alegadamente trazidos em aviões fretados pelo regime de Minsk de países como Síria, Afeganistão e Iraque, tentarem forçar a entrada na Polónia, instalando-se igualmente em grande número junto das fronteiras da Lituânia e Letónia.
A Polónia encerrou as passagens fronteiriças, tendo enviado milhares de militares para reforçar a segurança da fronteira, já patrulhada por cerca de 17 mil efetivos. Esta terça-feira terão chegado à terra de ninguém que separa Bielorrússia e Polónia entre 3 mil e 4 mil novos migrantes, entre os quais mulheres e crianças, que se alojam em tendas ou dormem ao relento, sofrendo com a chuva e o gelo.
Documentos
2021-11-10_01_29_14 bielorussia polónia.pdfO PM polaco, Mateusz Morawiecki, visitou o local para instar os militares a defenderem o país e a Europa do que classificou como “um ataque híbrido” do regime bielorrusso, que usa os migrantes como arma para se vingar das pressões e críticas europeias . “Está em causa a estabilidade e a segurança de toda a UE”, afirmou Morawiecki: “Não seremos intimidados e defenderemos a paz na Europa com os nossos parceiros da NATO e da UE.” De facto, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, telefonou esta terça-feira ao presidente polaco, Andrej Duda, para manifestar “a solidariedade da NATO e de todos os aliados”.
Recorde-se que a tensão começou a escalar depois de a UE recusar reconhecer os resultados das Presidenciais que reelegeram Lukashenko, em 2020, e de condenar a repressão dos protestos da oposição.
Rússia diz que UE deve pagar apoio
O presidente bielorrusso falou esta terça-feira com a aliada Rússia, que disse estar “a acompanhar a situação atentamente” e sugeriu que a UE pague à Bielorrússia para travar o fluxo de migrantes. Esta sugestão passa por alto as acusações de que os migrantes foram levados para a Bielorrússia pelo próprio regime bielorrusso, para criar uma nova crise migratória na UE.
A Bielorrússia nega as acusações, diz que os migrantes estão a chegar de forma legal e que está somente a agir de “de forma hospitaleira”, merecendo elogios da Rússia pela forma “responsável” como está a lidar com a situação na fronteira.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, acusou a Polónia de travar o apoio humanitário aos migrantes e frisou que “a prioridade deve ser a vida e a saúde das pessoas concentrados junto da fronteira”.
A Comissão Europeia anunciou, entretanto, que pondera incluir nas sanções à Bielorrússia as companhias aéreas “de países terceiros” envolvidas no transporte de migrantes para Minsk, a partir de inúmeros países, entre os quais a Rússia.
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