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Bolsonaro investigado por prevaricação

Autorizada abertura de investigação formal às alegações de que o presidente brasileiro ignorou denúncias de corrupção.

04 de julho de 2021 às 10:26

O Supremo Tribunal Federal do Brasil (STF) determinou a abertura de uma investigação contra o presidente, Jair Bolsonaro, por suposto crime de prevaricação no processo de aquisição da vacina indiana anti-Covid Covaxin. Há fortes suspeitas de irregularidades no negócio e Bolsonaro é acusado de não ter feito nada mesmo depois de ter sido alertado.

A decisão foi da juíza Rosa Weber, após rejeitar um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para só investigar a denúncia contra Bolsonaro após o fim dos trabalhos da comissão de inquérito do Senado que apura a gestão do governo na pandemia, o que pode durar meses. A magistrada mandou refazer o parecer e, assim que recebeu o novo, pedindo a investigação, autorizou-a imediatamente.

A queixa-crime contra Bolsonaro, apresentada ao STF por três senadores, é baseada no depoimento à comissão de inquérito de Luis Miranda, deputado federal e até então aliado de Bolsonaro, e pelo irmão, Luis Ricardo Miranda, responsável pela importação de vacinas no Ministério da Saúde. Na semana passada, os irmãos disseram à comissão que descobriram graves irregularidades no processo de aquisição da Covaxin que indiciam prática de corrupção e que, em março, foram pessoalmente alertar Bolsonaro, mas que este nada fez e o processo continuou, só sendo suspenso agora, meses depois, após eles terem denunciado o caso.

Os irmãos revelaram que a compra da Covaxin foi aprovada em menos de três meses, quando os processos das outras demoraram até quase um ano, e que a vacina indiana, que nem sequer está aprovada pelo regulador brasileiro, iria custar quatro vezes mais do que as demais. Além disso, a empresa brasileira que intermediou o negócio exigiu o pagamento antecipado de 45 milhões de dólares num paraíso fiscal a uma firma que nem consta no contrato.

O Supremo Tribunal Federal do Brasil (STF) determinou a abertura de uma investigação contra o presidente, Jair Bolsonaro, por suposto crime de prevaricação no processo de aquisição da vacina indiana anti-Covid Covaxin. Há fortes suspeitas de irregularidades no negócio e Bolsonaro é acusado de não ter feito nada mesmo depois de ter sido alertado.

A decisão foi da juíza Rosa Weber, após rejeitar um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para só investigar a denúncia contra Bolsonaro após o fim dos trabalhos da comissão de inquérito do Senado que apura a gestão do governo na pandemia, o que pode durar meses. A magistrada mandou refazer o parecer e, assim que recebeu o novo, pedindo a investigação, autorizou-a imediatamente.

A queixa-crime contra Bolsonaro, apresentada ao STF por três senadores, é baseada no depoimento à comissão de inquérito de Luis Miranda, deputado federal e até então aliado de Bolsonaro, e pelo irmão, Luis Ricardo Miranda, responsável pela importação de vacinas no Ministério da Saúde. Na semana passada, os irmãos disseram à comissão que descobriram graves irregularidades no processo de aquisição da Covaxin que indiciam prática de corrupção e que, em março, foram pessoalmente alertar Bolsonaro, mas que este nada fez e o processo continuou, só sendo suspenso agora, meses depois, após eles terem denunciado o caso.

Os irmãos revelaram que a compra da Covaxin foi aprovada em menos de três meses, quando os processos das outras demoraram até quase um ano, e que a vacina indiana, que nem sequer está aprovada pelo regulador brasileiro, iria custar quatro vezes mais do que as demais. Além disso, a empresa brasileira que intermediou o negócio exigiu o pagamento antecipado de 45 milhões de dólares num paraíso fiscal a uma firma que nem consta no contrato.

PORMENORES

Governo muda versão

Após a denúncia dos irmãos Miranda, o governo começou por dizer que os documentos apresentados eram falsos, depois reconheceu serem verdadeiros mas que tinham sido corrigidos e, na terceira versão, foi dito que Bolsonaro mandou o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, investigar mas que ele não encontrou nada suspeito.

Uma testemunha disse no Senado que um alto funcionário do Ministério da Saúde lhe exigiu luvas de 400 milhões de dólares para autorizar a compra da vacina da AstraZeneca.

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