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Bolsonaro já tem nove ministros militares no governo brasileiro

Desde que tomou posse, presidente já levou quase três mil elementos das Forças Armadas para o governo.

22 de maio de 2020 às 08:41

Trinta e cinco anos após o fim da ditadura militar que governou o país entre 1964 e 1985, o Brasil tem mais militares no governo do que os que havia naquele período de exceção. Chamados por Jair Bolsonaro, os militares já controlam grande parte da administração federal brasileira.

Dos 22 ministros de Bolsonaro, nove são militares, quase o dobro dos cinco ministros militares do governo do presidente Castelo Branco, o primeiro da ditadura. Além destes, outros oficiais de alta patente são secretários de Estado em várias pastas ou comandam empresas públicas. E uma legião de quase 3000 homens e mulheres de farda ocupam outros postos-chave da estrutura governamental, chefiando diretorias e departamentos.

Em março, segundo dados do Ministério da Defesa, 2897 militares, todos no ativo, estavam "emprestados" ao governo. E o número não pára de aumentar. Este mês, só para o Ministério da Saúde foram chamados mais 30 oficiais, nomeados pelo titular interino daquela pasta, o general Eduardo Pazuello, 13 dos quais só esta semana.

À medida que aumentaram as dificuldades de governação e os desentendimentos com ministros e outros assessores civis, Jair Bolsonaro recorreu cada vez mais aos militares, que normalmente têm uma boa formação técnica e que, mais importante ainda para o ex-capitão agora presidente, têm uma forte noção de hierarquia e cumprem as suas ordens sem questionar.

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