Informação foi adiantada pelo presidente do Partido Liberal, Valdemar da Costa Neto.
O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, do Partido Liberal (PL), que nos seus quatro anos de mandato hostilizou de forma bastante desrespeitosa quase todos os organismos internacionais, parece ter mudado a sua opinião sobre esses órgãos e já não pensar que eles são dominados, como dizia, "por comunistas". Tanto que pretende recorrer a uma delas, a Organização dos Estados Americanos, OEA, contra a sentença do Tribunal Superior Eleitoral, TSE, brasileiro que em junho o tornou inelegível e inviabilizou o projecto de se candidatar às presidenciais de 2026.
Quem avançou a inesperada informação foi o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, acrescentando que Bolsonaro e o partido vão recorrer da sentença a todos os órgãos que for possível, dentro e fora do Brasil. O PL já recorreu da condenação ao próprio TSE e espera uma resposta e, se ela não for favorável ao antigo presidente, recorrerá ao Supremo Tribunal Federal (STF), isto sem prejuízo dos recursos em órgãos internacionais.
"Estamos no barco com Bolsonaro e não vamos sair. Não tenham dúvidas de que vamos tentar reverter essa decisão. As coisas mudam, e daqui a dois ou três anos podem ter mudado muito."-Declarou Valdemar, tentando mostrar optimismo na reversão da inelegibilidade de Jair Bolsonaro que, no entanto, não é o único e talvez nem o maior problema do ex-presidente.
No TSE, Bolsonaro enfrenta mais 15 acções que podem acarretar-lhe novas condenações, é investigado em diversos outros processos no STF e, no caso mais preocupante, pode ser preso a qualquer momento no âmbito da investigação da Polícia Federal que o acusa de ter desviado para si ilegalmente e ter vendido nos EUA valiosos presentes em ouro e pedras preciosas oferecidos ao Brasil (e não a ele) por governos estrangeiros durante o seu mandato.
Bolsonaro até agora colaborava com a investigação, foi depor sempre que foi chamado e negou ter vendido ou mandado vender fosse o que fosse, embora tenha admitido que ficou com alguns desses presentes, porque, no entendimento dele, eram objectos pessoais, como relógios Rolex e Chopard em ouro branco e rosé cravejados de diamantes, mas que devolveu em Março passado por ordem da justiça. Mas quinta-feira passada, 31 de Agosto, novamente imtimado, foi até à sede da corporação mas recusou depor alegando não reconhecer competência ao Supremo Tribunal Federal para conduzir o inquérito.
A súbita mudança de atitude de Bolsonaro ocorreu após o seu antigo ajudante-de-ordens, tenente-coronel Mauro Cid, preso desde Maio em Brasília, ter decidido quebrar o silêncio que mantinha até aqui e negociado uma colaboração premiada com a justiça visando a liberdade condicional e, em caso de condenação, uma redução de pena. O militar decidiu falar depois de Bolsonaro, dias atrás, tentando esquivar-se das acusações, ter dito que se alguma coisa ilícita foi feita talvez tenha sido feita por Mauro Cid, que, segundo o antigo chefe de Estado, tinha uma autonomia muito grande.
Cid não gostou, sentiu-se abandonado por aquele a quem o seu silêncio protegia, e começou a falar. Bolsonaro, sem conseguir saber o que o ex-subordinado disse, já que o depoimento de Cid está a ser mantido em rigoroso sigilo, optou por ficar calado, para não entrar em contradição com as declarações do militar e não correr o risco de receber voz de prisão ali mesmo durante o depoimento.
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