Esta segunda, quase todas as capitais estaduais continuavam com transportes reduzidos ou mesmo sem transportes.
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O Brasil vive esta segunda-feira o seu oitavo dia de caos generalizado por causa da greve dos camionistas em protesto contra o preço dos combustíveis, mesmo após o presidente Michel Temer ter cedido na noite de domingo a todas as exigências dos grevistas. Imaginava-se que depois de o governo ter, literalmente, claudicado aos camionistas e editado até decretos extraordinários para satisfazer todas as exigências deles o Brasil iniciasse a semana mais desanuviado, mas não foi o que se viu.
Esta segunda, quase todas as capitais estaduais continuavam com transportes reduzidos ou mesmo sem transportes, em cidades por todo o Brasil foi decretado feriado e mesmo nas outras não há aulas, os hospitais continuam com cirurgias não urgentes suspensas e o comércio tem cada vez menos produtos para vender, principalmente alimentos. Em cidades mais próximas a refinarias, alguns camiões-tanque escoltados por militares até conseguiram abastecer alguns poucos postos e aeroportos com combustíveis, mas muito abaixo do que seria necessário, e motoristas enfrentam filas gigantescas, em alguns casos por mais de 24 horas, para reabastecerem os seus veículos nos raros que ainda funcionam.
Domingo à noite, em discurso em rede nacional de rádio e de televisão, Temer anunciou ter aceite todas as reivindicações dos camionistas, nomeadamente redução no preço do diesel, redução de portagens quando os camiões circularem vazios, criação de valores mínimos para os fretes e a reserva de 30% do total dos fretes da Companhia Nacional de Abastecimento, órgão público que distribui produtos agrícolas por todo o país, aos camionistas autónomos. Ante a desconfiança dos representantes dos camionistas, Temer mandou fazer uma edição especial do diário do governo, que saiu ainda no final da noite de domingo com os decretos extraordinários tornando as promessas lei.
Para surpresa de quantos esperavam que os bloqueios de estradas, refinarias, portos e outros sectores nevrálgicos do país fossem desmobilizados imediatamente, não foi o que aconteceu, apesar de em algumas regiões ter havido redução. Três das entidades que representam os camionistas em greve aceitaram o acordo feito com o governo mas disseram que precisavam de tempo, talvez um dia ou dois, para realizar assembleias com os motoristas parados em todo o país, e outras entidades, embora considerando as medidas de Temer positivas, consideraram que elas não são no entanto suficientes.
Várias associações de camionistas agora dizem que apenas eles foram beneficiados e que isso não é justo, e avançaram novas exigências para terminarem os protestos e as paralisações. Entre as novas exigências estão estender os descontos feitos ao diesel também à gasolina, combustível que a maior parte dos cidadãos usa, e às garrafas de gás de cozinha, que têm um peso muito grande no orçamento das famílias.
O governo, apanhado mais uma vez de surpresa com as novas exigências de alguns grupos, ainda não se posicionou, mas dificilmente aceitará as novas reduções de preços. Só para financiar o desconto concedido ao diesel, o governo vai ter de dispender até final do ano mais de 2,5 mil milhões de euros, que ainda não sabe de onde tirar, e não tem condições de fazer novas concessões desse tipo, afirmou na manhã desta segunda-feira o ministro das Finanças, Fernando Guardia.
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