"O prazo não é definitivo", garantiu, esta quinta-feira, Karoline Leavitt.
A Casa Branca admitiu, esta quinta-feira, prolongar o prazo de 9 de julho para a entrada em vigor dos aumentos de tarifas aduaneiras dos Estados Unidos sobre as importações de dezenas de países.
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que o adiamento das sobretaxas de importação "talvez possa ser prolongado", salientando que a "decisão cabe ao Presidente", Donald Trump.
O secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, admitiu no início de junho o prolongamento da atual pausa nas tarifas recíprocas.
Em nome da proteção da produção interna, Trump impôs tarifas setoriais específicas, como sobre o aço e o alumínio, após regressar à Casa Branca em janeiro.
No início de abril, Trump anunciou a implementação de tarifas recíprocas, que tributariam os produtos de um determinado país com base no défice comercial dos EUA com esse país.
Este anúncio causou considerável agitação política e uma quebra nos mercados financeiros.
Pouco depois, Trump suspendeu as tarifas por 90 dias, dando tempo para negociar acordos comerciais com os vários países.
A suspensão aplica-se a todas as tarifas acima de uma sobretaxa de 10% recentemente imposta, que a administração Trump considera um nível mínimo para os produtos que entram nos Estados Unidos (com algumas exceções).
"O prazo não é definitivo", garantiu, esta quinta-feira, Karoline Leavitt.
"O Presidente pode simplesmente oferecer um acordo a estes países se estes se recusarem a oferecer-nos um até à data limite", adiantou.
Isto significa que Donald Trump pode "escolher uma tarifa recíproca que considere vantajosa para os Estados Unidos", acrescentou.
Sobre o progresso das negociações comerciais, Leavitt garantiu que o representante comercial da Casa Branca, Jamieson Greer, "está a trabalhar muito arduamente" e teve "boas e produtivas discussões com muitos dos principais parceiros comerciais" norte-americanos.
Na semana passada, Trump e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, assinaram um acordo comercial que reduzirá as tarifas sobre os produtos de ambos os países.
O acordo anunciado à margem da cimeira do G7, o grupo dos países mais industrializados do mundo, não inclui tarifas sobre o aço, um produto especialmente importante do comércio bilateral.
As empresas britânicas e o governo do Reino Unido foram apanhados de surpresa no início deste mês, quando Trump duplicou as tarifas sobre os metais para países de todo o mundo para 50%.
Mais tarde, esclareceu que o nível se manteria nos 25% para o Reino Unido.
O presidente da Reserva Federal (Fed), Jerome Powell, disse na quarta-feira, numa audição semestral perante a Câmara e o Senado, que as tarifas de Trump provavelmente elevarão a inflação nos próximos meses.
A maioria das autoridades da Fed apoia o corte das taxas este ano, acrescentou Powell, mas o banco central quer observar como a inflação muda nos próximos meses.
"Haverá alguma inflação com as tarifas a chegar", disse Powell, após questões de membros do Comité Bancário do Senado, admitindo que por agora ainda não está a acontecer, "mas ao longo dos próximos meses".
Powell observou que as taxas provavelmente custariam centenas de milhares de milhões de dólares anualmente e "parte disso recairá sobre o consumidor", sendo que estão "apenas a aguardar para ver mais dados".
Alguns senadores republicanos criticaram Powell por caracterizar as tarifas como um potencial impulsionador da inflação.
O senador Pete Ricketts, republicano de Nebraska, argumentou que as tarifas poderiam simplesmente atuar como um aumento pontual nos preços que não alimentaria a inflação, enquanto o senador Bernie Moreno, republicano de Ohio, ecoou algumas das reclamações de Trump sobre a relutância de Powell em cortar as taxas e acusou-o de parcialidade política.
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