Pelo menos cem árvores caíram.
A chuva forte e ventos de mais de 80 quilómetros por hora que se fizeram sentir na noite de sábado no Estado brasileiro de São Paulo, madrugada deste domingo em Portugal Continental, provocaram desabamentos de encostas e muros, deixaram várias cidades sem energia e sem água, incluindo diversos bairros da capital, a cidade de São Paulo, mas não tiveram o impacto que se esperava nem provocaram mortes. A previsão era de que os ventos ultrapassassem os 100 quilómetros por hora e as chuvas fossem ainda mais fortes, mas a temida tempestade que se imaginava devastadora perdeu força no trajeto do sul do Brasil para São Paulo.
Este domingo, milhares de pessoas estavam sem energia em bairros das zonas oeste da cidade de São Paulo, como o Butantan, e sul, como o Morumbi, Santo Amaro e Vila Andrade, mas a ENEL, a concessionária, não forneceu o número exato. Em diversos bairros também havia falta de água, mas neste caso devido à falta de energia, que não permitia o funcionamento das bombas nas estações elevatórias da concessionária, a Sabesp, ou nos prédios.
Pelo menos 100 árvores caíram durante as fortes chuvas da madrugada na capital paulista, voltando a levar com elas fios e postes de energia, e ferindo ao menos duas pessoas que passavam de carro na Avenida das Nações Unidas, na zona sul, mas sem gravidade, apesar de o veículo ter ficado praticamente destruído. O estrago na cidade devido à queda dessas árvores foi significativo, mas muito longe da devastação provocada pela violenta tempestade que atingiu São Paulo no passado dia 3, quando ventos de até 103 quilómetros por hora derrubaram 1281 árvores, que bloquearam as principais ruas e avenidas, destruíram parte da fiação eléctrica e deixaram milhões de pessoas sem energia, em alguns bairros por até uma semana, dada a extensão dos estragos e a dificuldade da concessionária em atender a todos os pedidos de religamento.
Se a esperada tempestade prevista para este sábado não atingiu a cidade de São Paulo com violência, o mesmo não se pode dizer de outras cidades do estado de São Paulo que encontrou pelo caminho. Em Itapeva, por exemplo, a 298 km de São Paulo, os ventos foram tão fortes que arrancaram telhados de muitas edificações, inclusive de um hangar no aeroporto local, e fizeram voar longe e danificaram pelo menos sete aviões de pequeno porte, e as enormes telhas que cobriam o local atingiram e danificaram inúmeras residências próximas.
Em Ubatuba, famosa praia no litoral norte paulista, a chuva foi torrencial desde a tarde, alagando ruas e provocando a queda de árvores, mas também aqui até este domingo não havia notícias de vítimas. As rajadas de vento mais fortes no estado foram registadas na cidade de Ourinhos, no sul do estado, com 87 km por hora, e na capital paulista chegaram a 71 km por hora, medição feita no Aeroporto de Congonhas, na zona sul, que chegou a ter de suspender aterragens e descolagens até a ventania e a chuva abrandarem.
A violência da tempestade do início deste mês, durante a qual oito pessoas morreram, fez as autoridades adotarem no sábado medidas preventivas talvez até exageradas, para não voltarem a ser apanhadas desprevenidas e não sofrerem uma nova vaga de críticas. Alertas de grave risco à integridade física e até à vida dos moradores começaram a ser emitidos ainda durante a semana, e os governos da cidade, de cidades em redor, do Estado e representantes de concessionárias, dos bombeiros, da polícia e da Proteção Civil criaram um gabinete de crise, que iniciou logo na manhã de sábado uma reunião permanente à espera de mais um quadro de devastação que, felizmente, não se concretizou.
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