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Combustível para aviões produzido a partir de restos alimentares

Aposta vai ajudar a reduzir as emissões de carbono para a atmosfera.

16 de março de 2021 às 08:22

A maioria dos restos de comida são utilizados para criar gás metano, na produção de energia. Pesquisadores americanos descobriram agora uma forma de converter os resíduos em parafina, que funciona em motores de aviões a jato, lançando um estudo no 'Proceedings of the National Academy of Sciences'.

Os autores afirmam que este tipo de combustível reduz as emissões de gases com efeito de estufa para atmosfera em 165%, comparados com os combustíveis fósseis. Dois fatores importantes são a combustão menos poluente dos motores das aeronaves e o desencaminhamento dos desperdícios alimentares dos aterros.

Este método alternativo assenta no aproveitamento de restos de alimentos, esterco animal e água residual, transformando-os em hidrocarboneto, compatível com os motores dos aviões.

Nos Estados Unidos da América, são gastos todos os anos 21 mil milhões de bidões de combustível nos aparelhos aéreos. Esta medida vai reduzir bastante o impacto de carbono em 50%. 

Outra vantagem descoberta pelo Laboratório Nacional de Energia Renovável dos EUA é a redução de fuligem (espécie de ferrugem que se acumula nas paredes dos escapes, resultante da decomposição do combustível através do fumo) em 34%.

O engenheiro do laboratório e autor do estudo, Derek Vardon, explica: "É neste aspeto que evitamos as emissões de metano, reduzindo drasticamente a pegada de carbono do combustível de aviação."

A equipa de investigação planeia aumentar a produção do novo combustível e ter voos de teste com a Southwest Airlines, 2023.

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