Grupo de 27 líderes da União Europeia e de 17 outros países discutem segurança e paz no continente europeu, num contexto de guerra.
O Castelo de Praga recebe esta quinta-feira a primeira reunião da recém-formada Comunidade Política Europeia, com os 27 líderes da União Europeia e de 17 outros países a discutirem a segurança e paz no continente europeu, num contexto de guerra.
A reunião da Comunidade Política Europeia, que contará com uma intervenção, por videoconferência, do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, juntará assim 44 chefes de Estado ou de Governo da Europa, sublinhando o isolamento da Rússia na comunidade internacional, face à agressão militar à Ucrânia lançada em fevereiro passado.
A reunião antecede um Conselho europeu informal dos chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE), na sexta-feira, no qual os 27 irão debater também o apoio financeiro e militar a Kiev, mas sobretudo a resposta à escalada dos preços da energia.
Esta quinta-feira, os líderes dos 27, entre os quais o primeiro-ministro António Costa, reunir-se-ão com os homólogos dos 17 países do continente europeu convidados para fazerem parte desta nova plataforma de diálogo político, uma ideia lançada em maio passado - já com a agressão militar russa à Ucrânia em curso - pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, e 'abraçada' pelo presidente do Conselho Europeu, o belga Charles Michel.
Além dos 27 Estados-membros da União Europeia, participam no fórum seis países dos Balcãs Ocidentais (Albânia, Macedónia do Norte, Kosovo, Sérvia, Bósnia e Herzegovina e Montenegro), os países do trio associado que recentemente pediram a adesão à UE (Geórgia, Moldávia, Ucrânia), Arménia e Azerbaijão, bem como os quatro países da EFTA, a Associação Europeia do Comércio Livre (Noruega, Suíça, Islândia e Liechtenstein) e ainda o Reino Unido e a Turquia, sendo que a nova primeira-ministra britânica, Liz Truss, e o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, já confirmaram a presença.
Pela Ucrânia, Zelensky participará por videoconferência - tanto esta quinta-feira, como na cimeira informal da UE de sexta-feira -, mas o primeiro-ministro, Denis Shmyhal, estará fisicamente presente no encontro da Comunidade Política Europeia, numa reunião que despertou o interesse da comunicação social internacional, estando acreditados 1.200 jornalistas.
Na carta-convite dirigida esta semana aos líderes da UE para a cimeira informal de Praga, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, indicava que o objetivo do encontro inaugural da Comunidade Política Europeia é "reunir os países do continente europeu e proporcionar uma plataforma para a coordenação política", num contexto em que "as dramáticas consequências da guerra da Rússia afetam os países europeus em muitas frentes".
"A ambição é reunir os líderes em pé de igualdade e fomentar o diálogo político e a cooperação em questões de interesse comum para que, juntos, trabalhemos no reforço da segurança, estabilidade e prosperidade da Europa como um todo", disse.
Depois de uma sessão plenária com a participação dos 44 chefes de Estado e ou de Governo europeus, de cerca de uma hora, durante a qual apenas alguns líderes discursarão, haverá lugar a quatro mesas redondas para debates sobre temas como a paz e a segurança, a situação económica, a energia e o clima, e a migração e a mobilidade.
A seguir às mesas redondas, está reservado um espaço para reuniões bilaterais entre os líderes, terminando os trabalhos da primeira reunião da Comunidade Política Europeia com uma nova sessão plenária, durante um jantar de trabalho no Castelo de Praga, não estando prevista a adoção de qualquer conclusão formal escrita.
No dia seguinte de manhã terá lugar a cimeira informal dos 27 chefes de Estado e ou de Governo da União Europeia, onde também não são aguardadas grandes decisões, até porque esta reunião é 'preparatória' do Conselho Europeu formal que terá lugar dentro de duas semanas em Bruxelas, em 20 e 21 de outubro.
Na agenda da reunião informal estão a resposta da UE à escalada da agressão russa -- à luz da anexação ilegal pela Rússia das regiões ucranianas de Donetsk, Kherson, Luhansk e Zaporijia, após 'referendos' fraudulentos que os 27 já garantiram que jamais reconhecerão -, a sustentabilidade do apoio financeiro (e militar) à Ucrânia, e preparativos do bloco comunitário para o inverno, sendo este o ponto que promete uma discussão mais animada, face às diferentes posições dos Estados-membros relativamente às medidas a adotar para baixar os preços da energia.
A imposição de um 'teto' aos preços do gás, reclamada por um número crescente de Estados-membros, entre os quais Portugal, deverá ser o assunto mais 'quente' das discussões, face à resistência, entre outros, da Alemanha, criticada por várias capitais por optar antes por 'injetar' até 200 mil milhões de euros para ajudar famílias e empresas a fazer face aos preços da energia, no que muitos Estados-membros, que não têm a mesma capacidade orçamental, entendem como uma posição individualista, com a 'cobertura' da Comissão Europeia.
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