Organização Pan-americana de Saúde (OPS) alertou para problemas na distribuição de fármacos.
O recorde de casos e mortes associadas à covid-19 na Índia irá ter impacto na oferta de vacinas na América Latina e nas Caraíbas já este mês e em junho, alertou esta quarta-feira a Organização Pan-americana de Saúde (OPS).
Segundo o subdiretor da OPS, Jarbas Barbosa, os países mais prejudicados poderão vir a ser o Haiti, Nicarágua e Bolívia, que têm previsto receber antes do final deste mês as doses fabricadas pelo Instituto Sérum da Índia (ISI), o maior fabricante de vacinas do mundo.
Mais a mais, prosseguiu, se a Índia continuar a criar obstáculos à exportação de vacinas, também serão afetadas as campanhas de imunização de outros países da região já a partir deste mês e prolongando-se até junho.
O ISI tem um contrato para fabricar e entregar vários milhões de vacinas ao mecanismo Covax, ligado à Organização Mundial de Saúde (OMS) e criado para garantir o acesso às vacinas aos países de baixo rendimento.
No entanto, o aumento exponencial das infeções com a doença covid-19 na Índia obrigou as autoridades de Nova Deli a restringir as exportações para satisfazer as suas próprias necessidades internas.
Face a esta situação, explicou Jarbas Barbosa, a OPS tem em curso negociações de "alto nível" com o Governo indiano com o intuito de se chegar a um acordo que permita que parte da produção do ISI seja exportada no quadro do mecanismo Covax, com a restante destinada ao mercado interno do país.
Segundo Jarbas Barbosa, se se chegar a um acordo, a oferta de vacinas disponíveis para a América Latina e Caribe poderia diminuir, mas embora temporariamente.
Sexta-feira passada, a Aliança para as Vacinas (GAVI), um dos grupos que apoia o mecanismo Covax, indicou que o agravamento da situação na Índia provocou, só em abril, um défice de 90 milhões de doses no sistema.
Nesse sentido, avisou que, se se mantiverem os atrasos já verificados este mês, o mecanismo Covax terá pela frente "desafios significativos a curto prazo".
No total, e através do Covax, foram distribuídas 49 milhões de doses em todo o mundo, das quais 29 milhões vieram do ISI.
Segundo dados da OPS divulgados hoje, foram vacinadas 11,4 milhões de pessoas em 31 países da América Latina e do Caribe.
Num levantamento realizado hoje pela agência de notícias AFP a partir de fontes oficiais, os países que registaram o maior número de mortes nos seus relatórios das últimas 24 horas foram a Índia, com 3.780 óbitos, o Brasil, com 2.966 vítimas mortais, e os Estados Unidos, com 914.
Os Estados Unidos são o país mais afetado em termos de mortes e casos, com 578.500 mortes para 32.512.946 casos, de acordo com o levantamento realizado pela Universidade Johns Hopkins.
Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil, com 411.588 óbitos e 14.856.888 casos, a Índia, com 226.188 óbitos (20.665.148 casos), o México, com 217.740 óbitos (2.352.964 casos) e o Reino Unido, com 127.543 mortos (4.423.796 casos).
A América Latina e as Caraíbas soma 934.775 mortes (29.267.453 casos).
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.230.058 mortos no mundo, resultantes de mais de 154,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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