Jovem de 29 anos confessou o crime às autoridades tailandesas, mas afirmou ter sido "feito refém" pelo cirurgião.
Vídeo mostra Daniel Sancho a acompanhar a polícia tailandesa ao local onde terá atirado partes do corpo de cirurgião
Daniel Sancho, filho do ator espanhol Rodolfo Sancho, está acusado de ter assassinado e desmembrado o cirurgião colombiano Edwin Arrieta, na ilha de Koh PhaNgan, na Tailândia. Foi Daniel, de 29 anos, quem deu o alerta para o desaparecimento do amigo, na sexta-feira à noite. Os restos mortais de Arrieta foram encontrados, um dia depois do desaparecimento, num aterro sanitário na ilha que é conhecida pelos turistas pelas suas festas na Lua Cheia, quando as praias da ilha ficam repletas de foliões que dançam até de madrugada. Daniel e Edwin tinham combinado encontrar-se para assistir às festividades. Daniel Sancho é o filho mais velho do famoso ator espanhol Rodolfo Sancho, que ficou conhecido em Portugal por participar na série da RTP1 ‘Crimes Submersos’, e da ex-atriz Silvia Bronchalo. O jovem é cozinheiro no catering La Boheme e na Boogie Burgers, ambos em Madrid.A vítima, Edwin Arrieta, de 44 anos, era um cirurgião da cidade colombiana de Lorica, no norte do país, e tinha uma clínica na cidade de Monteria.De acordo com a emissora local Thai PBS, Daniel chegou à ilha de Koh PhaNgan a 31 de julho e ocupou dois quartos num hotel na praia de Thong Nai Pan. O jovem alega que foi Edwin Arrieta quem decidiu acompanhá-lo na viagem, mas a polícia tailandesa afirma que foi o cirurgião colombiano quem pagou todas as despesas.No dia 2 de agosto, Daniel foi de mota até ao cais da ilha para ir buscar Arrieta e levá-lo para um outro hotel, na praia de Salad. No dia anterior ao desaparecimento, os dois jantaram num restaurante perto deste segundo hotel e, nessa noite, Daniel foi apanhado pelas câmaras de vigilância a regressar de mota ao hotel na praia de Thong Nai Pan, vindo de uma loja, onde terá comprado uma faca, sacos de plástico e líquido de limpeza.
Daniel Sancho confessou o crime às autoridades tailandesas, mas afirmou ter sido "feito refém" pelo cirurgião. A imprensa local diz que Daniel Sancho e Edwin Arrieta eram amantes. Já o jovem conta, segundo o Bangkok Post, que
o cirurgião tentou ter relações sexuais com ele no hotel. Daniel recusou e os dois começaram uma luta que acabou com o médico a cair e bater com a cabeça na banheira. Daniel decidiu livrar-se do corpo, cortando-o em 14 partes e largando-as em várias partes da ilha e no mar.O jovem chef foi detido na segunda-feira por ordem do Tribunal Provincial de Koh Samui. No domingo, os agentes da polícia tailandesa escoltaram Sancho a diferentes partes da ilha para fazer uma reconstituição do crime.
O jovem fez check out do hotel na quinta-feira de manhã e foi à festa da Lua Cheia com duas raparigas que conhecera no hotel. No dia seguinte, sexta-feira, quando surgiram notícias de que tinha sido encontrado um saco com restos humanos, Daniel decidiu reportar o desaparecimento do amigo colombiano às autoridades. Foi interrogado e as autoridades revistaram o quarto de hotel onde descobriram que o frigorífico, sanita e lavatório tinham sido limpos, mas conseguiram recolher amostras de cabelo do ralo.
O jovem chef foi detido na segunda-feira por ordem do Tribunal Provincial de Koh Samui. No domingo, os agentes da polícia tailandesa escoltaram Sancho a diferentes partes da ilha para fazer uma reconstituição do crime.
Uma vez que Koh PhaNgan não tem prisão, as autoridades tailandesas transferiram-no para uma prisão na ilha vizinha de Koh Samui. No entanto, é provável que seja transferido para Banguecoque, para poder ser assistido pelas autoridades consulares espanholas.
Daniel arrisca pena de morte
O jovem arrisca pena de morte. No entanto, a pena a que poderá ser condenado depende de vários fatores, que vão desde a colaboração com as autoridades à aplicação do acordo de 1987, assinado entre Madrid e Banguecoque, que dita uma cooperação entre os dois países na execução de sentenças penais. Segundo o El País, a defesa de Sancho espera conseguir uma transferência para Espanha para cumprir a eventual pena.
De acordo com a lei tailandesa, o homicídio é passível de três tipos de penas, dependendo das circunstâncias em que os crimes aconteceram. A mais grave é a pena de morte, embora também seja possível uma pena de prisão perpétua ou até 20 anos de prisão.
Segundo o jornal espanhol, a justiça tailandesa substitui por vezes a pena de morte por uma pena de prisão perpétua em casos de condenações mais graves, no entanto, a pena de morte é aplicada quando as vítimas são membros das forças de segurança ou altos funcionários do governo. O rei Maha Vajiralongkorn já chegou a perdoar, no seu aniversário, um outro cidadão espanhol, Artur Segarra, condenado à morte em 2017 por assassinar e desmembrar o empresário David Bernat em Banguecoque. O empresário cumpre agora pena de prisão perpétua.
Segundo o El País, caso Daniel Sancho seja condenado a uma pena de prisão perpétua, a sua transferência para Espanha pode ser mais complicada.
Caso regresse a Espanha, o acordo bilateral com a Tailândia prevê expressamente que a pena "seja executada de acordo com as leis e regulamentos do Estado de acolhimento", neste caso, Espanha.
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