A edição de hoje
Luso-angolano está em greve de fome há 24 dias.
"Luaty está sempre pior do que no dia anterior. É muito complicado, e o estado de saúde dele agrava-se de dia para dia, mas, ainda assim, está determinado a levar isto até ao fim", desabafou ao CM Mónica Almeida, mulher do ativista luso-angolano Luaty Beirão, que está há 24 dias em greve de fome.
O rapper, de 33 anos, foi detido em junho, em Luanda, com outras 14 pessoas, posteriormente acusadas de prepararem uma revolta contra o presidente José Eduardo dos Santos. O grupo contesta a continuação da prisão preventiva terminado o prazo legal de 90 dias e quer aguardar julgamento em liberdade.
A acompanhar o marido, Mónica Almeida teme um desfecho trágico. "Pedi-lhe várias vezes para parar, inclusive no dia do aniversário da nossa filha, antes dele ser transferido para o hospital. Pedi-lhe para recordar que a nossa filha nasceu há dois anos, e como festejámos esse dia. Mas ele diz que isto transcende tudo, é uma convicção e não está a pedir mais nada do que o cumprimento da lei", disse ao CM.
Irmã de Luaty Beirão fala à CMTV
Também em Luanda, o artista Pedro Coquenão destaca a repressão que se abate sobre todos os que pedem justiça para os ativistas. "Durante as vigílias há sempre forte presença policial e na segunda-feira foram feitas várias detenções", relatou.
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