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“Estamos fortes, não se preocupem”, escrevem menores para animar os pais

Cartas chegam do interior da gruta quando vários sinais davam conta de início do resgate.

08 de julho de 2018 às 01:30

Estamos todos fortes, não se preocupem connosco". Esta mensagem foi escrita numa carta coletiva dos 12 menores, entregue às famílias pelos mergulhadores que trabalham no resgate da equipa de futebol juvenil e do treinador de 25 anos, isolados desde 23 de junho na gruta de Tham Luang, na Tailândia. Esta e outras mensagens foram reveladas ontem, enquanto cresciam os sinais de que o resgate teria já sido iniciado, em segredo. 

A entrada da gruta foi tapada com lonas verdes e todas as ambulâncias foram afastadas do local, enquanto crescia a atividade das equipas de resgate.

"Quando sairmos queremos comer tantas coisas!", continua a carta coletiva, na qual os rapazes enviam um pedido ao professor: "Não nos dê muitos trabalhos de casa".

Em carta separada, o treinador, Ekkapol Chantawong, assume culpas: "Peço as mais profundas desculpas a todos os pais. Prometo fazer tudo para cuidar dos vossos filhos até ao limite das minhas capacidades". As cartas individuais dos menores repetem mensagens de amor e saudades. "Quero mesmo ir para casa", escreveu Adul Sam-on, de 14 anos: "Amo-vos muito, pai e mãe". "Tenho muitas saudades", escreveu Nattawut Takhamsai, também de 14 anos. "Não se preocupem. Sei tomar conta de mim".

"Se sair, podem, por favor, levar-me a um barbecue?", escreve Pipat Phothi, de 15 anos.

"Não estamos zangados convosco. Cuidem bem de vocês", escreveram, por seu lado, os pais de Nattawut Takamsai, de 14 anos: "Não se esqueçam de se cobrir com cobertores, porque está frio".

Os pais de Sompong Jaiwong dirigem-se ao treinador. "Obrigado por cuidar dos 12 rapazes", escrevem, concluindo: "Estamos todos à vossa espera".

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Equipa francesa pronta para ajudar 

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Chuva regressa

"Devem sair hoje"

O coordenador do resgate, Narongsak Osottanakorn, afirmou ontem: "Devem sair hoje", mas admitiu que só se o tempo ajudasse e os menores "estivessem prontos".PerfuraçõesCom os níveis de oxigénio a descer no interior da gruta, equipas de resgate perfuraram, ontem, mais de 100 poços na tentativa de abrir entradas de ar para a zona onde está o grupo.

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