Sonho de ser mãe teve de ser suspenso devido à quimioterapia e imunoterapia.
Jenna Ellen, uma mulher de 31 anos dona de um salão de cabeleireiro, começou os tratamentos de fertilização in vitro e estava otimista por poder criar a própria família com o parceiro. Mas o mundo de Ellen virou-se ao contrário, quando recebeu o diagnóstico de cancro em estágio III.
"Eu estava entusiasmada por conceber e, sabem, ser mãe", disse a mulher ao jornal Daily Mail. Jenna e o parceiro, Josh, naturais da Nova Zelândia, estão juntos há 16 anos, desde que são adolescentes. Ellen começou o tratamento para ter filhos em julho e estava preparada para algumas mudanças no corpo, por isso os efeitos secundários nunca a assustaram muito.
À medida que o tratamento avançava, Jenna começou a prestar mais atenção à própria saúde e reconheceu alguns sintomas que até então considerava ser 'normais'.
"Cerca de uma semana depois de começar o tratamento, reparei que tinha falta de ar - mesmo quando não tinha feito muita coisa", afirmou, acrescentando que não estava doente, não tem asma, nem fuma.
"Antes disso, tinha uma tosse seca que persistia durante meses sem explicação. Também tinha uma voz rouca, mas, mais uma vez, nunca pensei muito sobre isso", explicou. A mulher nunca prestou muita atenção aos sintomas, porque parecia haver sempre uma justificação - ora tinha voz rouca por falar alto no cabeleireiro, com secadores a funcionar, ora tinha acabado de subir escadas e sentia cansaço.
Quando começaram as injeções de hormonas, Jenna sentiu os sintomas a intensificarem-se, algo que pensava ser um efeito secundário.
Depois de remover os óvulos, no final de julho, Ellen sentiu algum alívio, mas a falta de ar e aperto no peito permaneceram. Ao contar o que sentia às enfermeiras, foi-lhe aconselhado que visitasse um médico com urgência para garantir que estava saudável antes de fazer a transferência do embrião. Porém, Jenna foi adiando a ida a uma unidade hospitalar.
"A esse ponto, a minha voz já tinha começado a enfraquecer e comecei a sentir-me pesada", lembrou Jenna. Assim que foi examinada, descobriu-se que o pulmão direito de Ellen não recebia muito oxigénio.
O profissional de saúde ficou preocupado e enviou Jenna para um exame de emergência. Meia hora depois de fazer o exame, Jenna e Josh receberam a notícia difícil.
"Encontramos uma massa grande no meio do peito, que acreditamos ser cancro", anunciou o médico. Um outro exame no dia a seguir confirmou a massa de 11 centímetros de diâmetro.
No dia em que o casal descobriu que os 14 óvulos tinham fertilizado em oito embriões, foi-lhes tirado o tapete com o diagnóstico de Ellen.
A partir daí, Jenna entrou num remoinho de exames e análises para os médicos encontrarem uma solução, mas não foi fácil. "Eles não sabiam com o que estavam a lidar e eu acabei no hospital durante duas semanas... Não me conseguiam dizer se ia ficar bem", desabafou Ellen.
Duas biópsias depois, os médicos confirmaram que Jenna tinha um linfoma de Hodgkin em estágio III. Embora seja um dos mais avançados, é também um dos mais 'fáceis' de tratar, com uma taxa de recuperação mais elevada do que muitos outros.
Jenna começou a fazer quimioterapia e imunoterapia em simultâneo, tratamento que deverá ter seis rondas e terminar no início de 2026. "Perdi o meu cabelo, mas está tudo bem. É a menor das minhas preocupações", disse Ellen.
A mulher sente-se confiante e agradece à rede de apoio que tem consigo, nomeadamente Josh. "Ele tem estado comigo em cada consulta. Ficou comigo no hospital, tratou de tudo sobre o seguro e fez todas as chamadas telefónicas. Honestamente, não conseguiria passar por isto sem ele", disse Jenna, agradecendo também à família, que tem acompanhado a situação e oferecido comida caseira sempre que pode.
Apesar da batalha de saúde que está a enfrentar, Jenna sente-se 'normal' na maioria do tempo. "Sinto definitivamente um peso no peito, não me interpretem mal. Mas às vezes sinto-me bem", disse.
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