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Estudante iraniana agredida até à morte por se recusar cantar o hino pró-regime

Caso voltou a gerar onda de indignação no país, tendo desencadeado novos protestos durante o fim de semana.

19 de outubro de 2022 às 02:00

Uma jovem, de 16 anos, foi agredida até à morte pelos serviços de segurança iranianos, na sala de aula, depois de se ter recusado a cantar um hino pró-regime, na passada quarta-feira.

Segundo o Conselho de Coordenação das Associações Comerciais de Professores Iranianos, as forças de segurança invadiram a escola secundária para meninas Shaded, em Ardrabil, e exigiram que as adolescentes cantassem o hino que elogia o líder supremo do Irão, o aiatola Ali Khamenei.

Perante a recusa, as alunas foram agredidas, tendo muitas delas sido levadas para o hospital e outras presas, avançou o jornal The Guardian.

As autoridades iranianas negaram a responsabilidade da morte de Asra Panahi. Num comunicado publicado no domingo, o sindicato dos professores do Irão condenou os ataques "brutais e desumanos" e pediu a demissão do ministro da Educação, Yousef Nouri.

Depois de se terem tornado virais uma série de vídeos de alunas a recusarem-se a usar o hijab e a gritar slogans anti-regime como forma de apoio a Masha Amini, a jovem de 22 anos, que morreu após ter sido presa por usar incorretamente o véu islâmico, as autoridades iranianas invadiram várias escolas por todo o país na semana passada. 

Devido à gravidade dos ferimentos, Asra Panahi acabou por morrer na sexta-feira passada. A notícia da morte da jovem mobilizou ainda mais as alunas do Irão para organizar e participar em protestos no fim-de-semana.

 

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