page view

EUA alerta petroleiros sobre ameaças nas rotas marítimas do Médio Oriente

Aviso surge depois da morte de Qassem Soleimani, ordenado por Trump.

07 de janeiro de 2020 às 11:44

O Governo norte-americano está a alertar os navios que utilizam as rotas marítimas no Médio Oriente, cruciais para o fornecimento global de petróleo, de que existe a "possibilidade de ação iraniana contra os interesses marítimos dos EUA" na região.

A Administração Marítima dos Estados Unidos emitiu esta terça-feira o alerta, citando as ameaças crescentes depois da morte do general iraniano Qassem Soleimani num ataque norte-americano a Bagdad, no Iraque, na sexta-feira.

Os petroleiros já foram alvo de ataques nesta região no ano passado e os norte-americanos atribuíram estes ataques ao Irão.

Teerão negou a responsabilidade nestes ataques, apesar de ter arrestado navios-tanque à volta do estreito de Ormuz, no Golfo Pérsico, via pela qual 20% do petróleo mundial é transportado.

Qassem Soleimani morreu na sexta-feira num ataque aéreo contra o carro em que seguia, junto ao aeroporto internacional de Bagdad, ordenado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

No mesmo ataque morreu também o 'número dois' da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque, Abu Mehdi al-Muhandis, conhecida como Mobilização Popular (Hachd al-Chaabi), além de outras oito pessoas.

O ataque ocorreu três dias depois de um assalto inédito à embaixada norte-americana que durou dois dias e só terminou quando Donald Trump anunciou o envio de mais 750 soldados para o Médio Oriente.

O Irão prometeu vingança e anunciou no domingo que deixará de respeitar os limites impostos pelo tratado nuclear assinado em 2015 com os cinco países com assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas --- Rússia, França, Reino Unido, China e EUA --- mais a Alemanha, e que visava restringir a capacidade iraniana de desenvolvimento de armas nucleares. Os Estados Unidos abandonaram o acordo em maio de 2018.

No Iraque, o parlamento aprovou uma resolução em que pede ao Governo para rasgar o acordo com os EUA, estabelecido em 2016, no qual Washington se compromete a ajudar na luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico e que justifica a presença de cerca de 5.200 militares norte-americanos no território iraquiano.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

Mais Lidas

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8