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EUA preocupados com exercícios militares da China ao largo de Taiwan

Porta-voz do Departamento de Estado norte-americano considera os exercícios provocações bélicas injustificadas.

14 de outubro de 2024 às 12:58

Os Estados Unidos demonstraram, esta segunda-feira, "séria preocupação" face às manobras militares de Pequim ao largo de Taiwan, considerando os exercícios provocações bélicas injustificadas com risco de agravamento.   

"Apelamos à República Popular da China para que atue com contenção e evite quaisquer outras ações suscetíveis de comprometer a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan e em toda a região", disse hoje Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado norte-americano.

O mesmo responsável disse ainda que Washington continua a acompanhar as atividades da República Popular da China em coordenação com "aliados e parceiros" dos Estados Unidos.

Para os Estados Unidos, a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan são essenciais para a prosperidade regional e constituem uma questão de interesse internacional. 

Através das redes sociais o porta-voz comunicou ainda que os Estados Unidos reiteram a política "de longa data de uma só China, orientada pela Lei das Relações com Taiwan".

A República da China (ROC/Taiwan) detetou hoje 125 aviões militares da República Popular da China perto da ilha, depois de Pequim ter lançado novas manobras militares.

O Ministério da Defesa de Taipé destacou hoje que a presença da força de Pequim atingiu um valor máximo para um único dia, referindo-se ao número de aviões militares.

"Os 125 aviões são de facto um recorde para um único dia", disse o tenente-general Hsieh Jih-sheng, do Ministério da Defesa de Taiwan em conferência de imprensa em Taipé.

Pequim está a levar a cabo hoje uma nova série de manobras militares em torno de Taiwan enviando aviões e também navios de guerra.

Trata-se da mais recente demonstração de força de Pequim, que considera Taiwan como parte do território da República Popular da China.

Os nacionalistas do Kuomintang liderados por Chiang Kai-seck refugiaram-se em Taiwan (Formosa) após a vitória dos comunistas chefiados por Mao Tsé-tung na guerra civil que terminou em 1949. 

Desde o final de 2016, após eleição de Tsai Ing-wen,  do Partido Democrático Progressista (DPP), pró independência, como chefe de Estado de Taiwan, a República Popular da China aumentou o número de incursões de aviões de guerra na Zona de Defesa Aérea (ADIZ) da República da China.

Atualmente, Pequim posiciona aviões e navios de guerra quase diariamente em torno de Taiwan.

No final de setembro, um total de 72 aeronaves e oito navios de guerra de Pequim foram detetados nas imediações de Taiwan, num contexto de passagem de navios militares e ocidentais pelo Estreito de Taiwan.

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