De acordo com os advogados do antigo ministro, Anderson Torres tem chorado a maior parte do tempo que passa na cela.
O ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, Anderson Torres, foi libertado na noite desta quinta-feira por ordem do juiz do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que considerou que o ex-ministro está abalado mentalmente e a necessitar de cuidados médicos especializados.
O magistrado aceitou mais um pedido dos advogados de Torres para libertar o antigo ministro por razões humanitárias. Torres estava preso em Brasília desde 14 de Janeiro suspeito de ligação a atos golpistas.
De acordo com os advogados do antigo ministro, que repetiram esse argumento em sucessivos pedidos de 'habeas corpus', Anderson Torres está em depressão profunda, abalado mental e emocionalmente, e desde que foi preso tem sofrido crises nervosas frequentes e tem chorado a maior parte do tempo que passa na cela do quartel da Polícia Militar.
O juiz Alexandre de Moraes, conhecido pela forma dura como costuma tratar suspeitos e arguidos, chegou a consultar o Ministério Público e outras instâncias para, já que os advogados de Torres dizem que ele está com problemas mentais, mandar internar o antigo ministro num hospital psiquiátrico judicial, mas mudou de ideias e resolveu libertá-lo.
Fora da prisão, Anderson Torres terá no entanto de usar pulseira eletrónica, para que os seus movimentos possam ser monitorizados, não pode sair de casa nem à noite nem aos fins de semana, não pode usar armas nem ter acesso a redes sociais.
Torres, que é delegado (inspector) da Polícia Federal, foi afastado do cargo na passada quarta-feira e terá de se apresentar todas as semanas às autoridades.
O antigo ministro da Justiça, que enquanto esteve no cargo foi um dos mais agressivos seguidores de Jair Bolsonaro e mostrou-se inflexível com os adversários do então presidente, foi preso dia 14 de Janeiro no aeroporto de Brasília ao regressar dos EUA por suposta conivência com os ataques que 'bolsonaristas' radicais desferiram em 8 de Janeiro contra o Congresso, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto, sede da presidência da República, que vandalizaram.
Anderson Torres, que ao deixar o cargo de ministro da Justiça em 31 de Dezembro foi nomeado secretário de Segurança Pública pelo governador de Brasília, Ibaneis Rocha, aliado de Bolsonaro, é acusado de ter desmobilizado as forças de segurança para que os radicais no dia 8 invadissem os prédios do poder e, para não ser envolvido nos ataques, ter ido dois dias antes, 6 de Janeiro, para Orlando, nos EUA, para onde Jair Bolsonaro viajara em 30 de Dezembro também por receio de ser preso.
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