Em vários estados do Brasil, outros radicais bloquearam esta segunda-feira estradas e até avenidas dentro das cidades.
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A Polícia Militar de Brasília prendeu na manhã desta segunda-feira no acampamento montado junto ao Quartel General do Exército mais de mil extremistas apoiantes do ex-presidente Jair Bolsonaro ligados aos violentos ataques desencadeados este domingo contra o Congresso, o Palácio do Planalto, sede da presidência, e o Supremo Tribunal Federal. Pelo menos 1200 radicais aceitaram a ordem de detenção e entraram pacificamente em mais de 40 autocarros e foram escoltados pela polícia até à sede da corporação.
No comando da polícia de Brasília, uma força criada especialmente para isso e que tem pelo menos 40 delegados (inspectores) da Polícia Federal e da Polícia Judiciária e dezenas de outros profissionais da segurança pública vai identificar e ouvir um a um todos esses extremistas e decidir o que fazer com cada um. Aqueles contra os quais houver provas ou indícios de participação na tentativa de golpe de estado desencadeada ontem serão levados para a Penitenciária de Alta Segurança da Papuda, nos arredores de Brasília.
Ao contrário do que aconteceu em tentativas anteriores levadas a cabo pela polícia para esvaziar o acampamento de radicais bolsonaristas, desta feita os militares do Exército que protegiam o local, uma área de segurança, não impediram o acesso dos agentes. Mas ainda ficaram extremistas no acampamento, que se recusaram a sair e provavelmente terão de ser tirados de lá à força ao longo desta segunda-feira.
A ordem para esvaziar o acampamento, que começou a ser formado dia 30 de Outubro, dia da segunda volta das presidenciais que confirmou a derrota do então presidente Jair Bolsonaro e a vitória de Lula da Silva, foi dada pelo juiz do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes no final da noite deste domingo. Moraes também determinou o afastamento do cargo do governador de Brasília, Ibaneis Rocha, aliado de Bolsonaro e acusado de omissão ou, isso ainda precisa ser provado, de conivência com os ataques de domingo.
Na tarde deste domingo, milhares de seguidores de Jair Bolsonaro tomaram à força os edifícios do Congresso, do palácio presidencial e do Supremo Tribunal, ante a passividade da polícia enviada para os impedir, e agentes chegaram a confraternizar com os radicais e fazerem selfies. Nos edifícios ocupados, e que só na madrugada desta segunda-feira foram desocupados totalmente com o uso da força pela polícia de choque e cavalaria, os extremistas destruiram mobiliário e atiraram os pedaços pelas janelas, vandalizaram obras de arte de valor histórico como quadros de pintores famosos e vasos chineses antigos, rasgaram documentos oficiais que encontraram em gavetas e accionaram os equipamentos contra incêndio deixando tudo encharcado.
Para expulsar os invasores dos prédios, a polícia de choque teve de os enfrentar dentro das salas que ocupavam, e gabinetes de juizes e de ministros e até a sala onde o novo presidente, Lula da Silva, trabalha, transformaram-se em cenário de batalhas. Em vários estados do Brasil, outros radicais bloquearam esta segunda-feira estradas e até avenidas dentro das cidades, solidarizamdo-se com os radicais que atacaram Brasília, todos pedindo às Forças Armadas que derrubem Lula da presidência e devolvam o poder a Jair Bolsonaro, que fugiu para os EUA dois dias antes do final do mandato receando ser preso.
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