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G20 aperta cerco à Google e Facebook

Potências mundiais vão alterar a forma de taxar os rendimentos dos gigantes do digital.

10 de junho de 2019 às 09:16

Os gigantes do digital voltam a estar na mira das principais potências e, este domingo, no Japão, foram dados passos concretos na forma como devem ser taxadas essas plataformas.

Foi durante a reunião dos ministros das Finanças e os responsáveis dos bancos centrais do G20, onde ficou a promessa de que serão redobrados para reformar a taxação de empresas como a Google e o Facebook, criticados por suas práticas de otimização fiscal.

O objetivo da reforma é chegar a um acordo final "até 2020", para obter uma taxação mais justa. Este avanço só foi possível graças à mudança de atitude dos Estados Unidos, que bloqueava as negociações há anos.

A ideia dos participantes no encontro é taxar o Facebook, a Google e todas as outras multinacionais digitais não de acordo com a presença física, onde estão os seus escritórios, mas onde estes gigantes do digital declaram os seus rendimentos.

O estado da economia mundial foi outro dos pontos abordados na reunião dos ministros das Finanças do G20, que chamaram a atenção para os "riscos" que pesam sobre o crescimento global à medida que "as tensões comerciais se intensificam".

Agências internacionais dão conta de divergências profundas durante a redação do texto final do encontro, devido às posições assumidas pelos EUA.

"O crescimento global parece estar a estabilizar-se, mas permanece fraco e os riscos de uma deterioração mantêm-se. Principalmente, as tensões comerciais e geopolíticas intensificaram-se", lê-se no documento.

Ainda assim, os participantes na reunião admitiram uma recuperação do crescimento global até ao final deste ano e em 2020, mas moderada.

Foi, ainda, reconhecida a importância do comércio internacional e dos investimentos como motores do crescimento, produtividade, inovação, criação de emprego e desenvolvimento.

PORMENORES 

Desequilíbrios

O G20 chama a atenção para a redução dos desequilíbrios globais das contas correntes nacionais, que podem afetar a evolução da economia global.

Tarifas ‘punitivas’

Segundo estimativas do FMI, as tarifas ‘punitivas’ impostas por Washington e Pequim, inclusive as vigentes desde o ano passado, poderiam reduzir o PIB global em 0,5% em 2020.

Alerta

Os grandes bancos centrais estão em alerta para agir, se necessário, mesmo que as suas margens sejam limitadas.

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