Especialista em crises alimentares alertam para mortes iminentes devido à escassez de alimentos.
“Gaza enfrenta o pior cenário possível de fome”. O alerta é da principal autoridade internacional em crises alimentares.
Segundo um relatório da Classificação Integrada da Segurança Alimentar, organização de monitorização da fome apoiada pela ONU, “evidências crescentes mostram que a fome generalizada, a desnutrição e as doenças estão a causar um aumento nas mortes relacionadas com a fome”.
Os dados indicam que quase 17 em cada 100 crianças com menos de cinco anos em Gaza estão em estado de desnutrição aguda. O documento revela ainda que mais de 20 mil crianças foram atendidas por desnutrição aguda entre abril e meados de julho. Destas, três mil em estado de desnutrição severa. Os hospitais também registaram um aumento no número de mortes devido à fome entre crianças com menos de cinco anos. Pelo menos 16 morreram desde dia 17, ou seja, em menos de duas semanas.
“É necessário tomar medidas imediatas para colocar um fim as hostilidades e permitir uma resposta humanitária em grande escala, sem obstáculos e que salve vidas. Este é o único caminho para impedir mais mortes e sofrimento humano catastrófico”, salienta a organização.
O alerta da autoridade não classifica formalmente Gaza como estando em situação de fome, uma medida que é rara e exige dados que a falta de acesso e de mobilidade em Gaza tem impedido de serem reunidos. “As declarações formais de fome ficam sempre atrás da realidade. Quando a fome for declarada, já será tarde demais”, explicou o chefe do grupo de ajuda internacional Rescue Committee.
Apesar de Israel ter deixado entrar alguns camiões com ajuda humanitária e ter permitido lançamentos aéreos de comida, a ONU diz que pouco mudou até agora. Há multidões desesperadas que acabam por intercetar e descarregar os camiões sem que estes cheguem aos destinos.
A ajuda que vai chegando não chega a todos e fica muito aquém daquela que é necessária. Entretanto, a Alemanha e a França vão enviar ajuda humanitária através de paraquedas à semelhança do que tem feito a Jordânia e os Emirados Árabes Unidos. O chanceler alemão, um dos mais firmes apoiantes de Israel na guerra contra o Hamas, chegou mesmo a apelar a Telavive para que “melhore imediatamente” as condições humanitárias em Gaza, onde desde o início do conflito já morreram mais de 60 mil pessoas, segundo um novo balanço divulgado na terça-feira.
Reino Unido vai reconhecer a Palestina
O Reino Unido reconhecerá a Palestina em setembro caso Israel não assine um cessar-fogo até lá, disse o primeiro-ministro britânico. Além disso, Keir Starmer exige que Israel deixe entrar na Faixa de Gaza pelo menos 500 camiões de ajuda humanitária por dia e que o Governo deixe claro que “não haverá nenhuma anexação da Cisjordânia”.
Guterres fala em “catástrofe humanitária”
“Os palestinianos em Gaza estão a sofrer uma catástrofe humanitária de proporções épicas. Isto não é um aviso, é uma realidade que se desenrola diante dos nossos olhos”, diz o secretário-geral da ONU. António Guterres salientou ainda que o relatório da Classificação Integrada da Segurança Alimentar “confirma o que temíamos”.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.