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Governo de Lula da Silva diz que não pagará transladação do corpo de jovem que morreu em vulcão na Indonésia

Informação foi avançada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros do Brasil.

25 de junho de 2025 às 18:43

O governo do presidente Lula da Silva afirmou, esta quarta-feira, que não vai pagar o transladação do corpo da jovem brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que morreu após cair numa vala profunda ao fazer uma trilha no vulcão Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia. A informação foi avançada pelo Itamaraty, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Brasil, depois de questionado pela imprensa.

De acordo com o comunicado do Itamaraty, não há legislação sobre o transladação de qualquer brasileiro morto em outro país e, além disso, avança o texto, não há dotação orçamentária para custear essa despesa. O corpo de Juliana foi encontrado esta terça-feira, cinco dias após ter escorregado e caído na ravina, a mais de 600 metros do local do acidente, e foi recuperado por alpinistas voluntários nesta quarta-feira.

Desde o início do drama da queda da jovem brasileira, natural de Niterói, no estado do Rio de Janeiro, formada em Publicidade e Propaganda e que adorava aventuras, o governo de Lula da Silva tem sido alvo de duras críticas por omissão e desinteresse em relação ao caso. A família de Juliana pediu desesperadamente desde o primeiro momento que o governo do Brasil pressionasse o governo da Indonésia para ser mais rápido e eficaz nos esforços de salvamento da jovem, que aparentemente ficou vários dias viva após a queda, mas esses apelos não foram atendidos.

Antes pelo contrário, numa situação constrangedora e embaraçosa, no fim de semana passado a Embaixada do Brasil e o Itamaraty garantiram que estava tudo bem com Juliana, que ela já tinha sido alcançada pelas equipas de resgate e que tinha recebido água, alimentação, roupas térmicas e medicamentos. Perante o firme desmentido da família sobre essa ajuda, o governo e a representação diplomática foram obrigados a reconhecer que a ajuda referida na verdade era falsa, não sabiam nem onde Juliana realmente estava, e disseram terem sido enganados por informações forjadas veiculadas em redes sociais com a ajuda da inteligência artificial.

Além das autoridades brasileiras, também as da Indonésia têm sido bastante criticadas pela família de Juliana, por amigos e especialistas em resgate. O governo da Indonésia demorou para agir, não enviou inicialmente os meios necessários para efectuar o resgate da jovem, e o parque natural onde fica o vulcão continuou a funcionar normalmente até esta semana, com novos turistas a fazerem fotos com drones do corpo da jovem brasileira estatelada no fundo do abismo, como se fosse mais uma atracção do local.

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