Deputados conservadores rebeldes preparam moção para afastar a primeira-ministra.
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O acordo do Brexit superou esta quarta-feira o seu primeiro grande teste, com a aprovação de todo o governo britânico, numa vitória importante para a primeira-ministra Theresa May, que numa reunião de mais de cinco horas conseguiu manter a união do executivo em torno de um documento rejeitado por todas as forças políticas e que ameaça colocar em risco a sua liderança do partido e do país.
"Acredito com o coração e a cabeça que este acordo defende da melhor maneira os interesses do Reino Unido", afirmou May no final de uma "longa, pormenorizada e apaixonada discussão" que durou o dobro do previsto mas que terminou com um aval firme e coletivo – embora não unânime – de todos os ministros, alguns dos quais tinham manifestado sérias dúvidas à entrada para a a reunião.
May terá agora de convencer o Parlamento, o que não se afigura fácil. A PM vai esta quinta-feira ao hemiciclo explicar os detalhes do acordo aos deputados, mas poderá acabar o dia a lutar pela sua sobrevivência política, uma vez que os deputados eurocéticos do seu próprio partido, que a acusam de "rendição perante a UE", já preparam uma moção para a afastar da liderança.
Em causa está a inclusão no acordo da polémica "salvaguarda" destinada a impedir a reposição de uma fronteira física entre a Irlanda do Norte e a República da Irlanda se, após o período de transição que termina em dezembro de 2021, Londres e a UE ainda não tiverem chegado a acordo sobre os termos de um futuro acordo comercial.
A solução encontrada foi manter todo o Reino Unido na união aduaneira e sujeito a determinadas regras do mercado único para evitar uma "vantagem injusta" sobre os restantes países da UE até ser negociado o acordo final, o que para os eurocéticos do partido de May representa uma traição porque "mantém o país como vassalo de Bruxelas".
PORMENORES
União britânica ameaçada
O Partido Democrático Unionista da Irlanda do Norte (DUP), que sustenta a frágil maioria de Theresa May no Parlamento, alertou que o acordo ameaça a união nacional. "Este acordo pode levar à destruição do Reino Unido e nunca poderemos aceitá-lo", afirmou o deputado unionista Jeffrey Donaldson.
Blair fala em "capitulação"
O antigo primeiro-ministro Tony Blair, que defende a realização de um segundo referendo sobre o Brexit, disse esta quarta-feira que o acordo negociado por May com Bruxelas "não é um compromisso, é uma capitulação".
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