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Guaidó volta à Venezuela e apela a novos protestos

Líder opositor entrou sem problemas no país apesar das ameaças de detenção e foi recebido em Caracas por milhares de apoiantes.

05 de março de 2019 às 09:23

O líder opositor venezuelano, Juan Guaidó, desafiou as ameaças do regime de Nicolás Maduro e regressou esta segunda-feira a Caracas, onde foi recebido em apoteose por milhares de apoiantes, primeiro no aeroporto e, depois, num comício no centro da capital, onde apelou aos venezuelanos para "manterem a mobilização" na luta pela "libertação" do país.

"De volta ao nosso amado país! Venezuela, acabámos de passar os controlos de imigração e vamos ao encontro do povo", escreveu Guaidó no Twitter minutos depois de aterrar na capital venezuelana proveniente do Panamá. À sua espera tinha centenas de apoiantes, tanto no interior como no exterior do aeroporto, e uma delegação de embaixadores de países latino-americanos e europeus, incluindo Portugal. Antes da partida, Guaidó tinha avisado que a sua detenção "seria o último erro do regime".

Os pormenores do regresso do autoproclamado Presidente interino foram mantidos em segredo devido às ameaças de detenção feitas pelo regime depois de Guaidó desobedecer às ordens do tribunal, que o tinha proibido de deixar o país. O líder opositor saiu clandestinamente da Venezuela no dia 26 de fevereiro para participar na tentativa frustrada de envio de ajuda internacional e visitou nos últimos dias a Colômbia, o Brasil, o Equador e o Paraguai para reforçar o apoio regional à sua tentativa para isolar política e economicamente o regime de Maduro.

"Sabemos os riscos que enfrentamos mas isso não nos detém. Seguimos em frente", garantiu Guaidó, apelando aos apoiantes para "continuarem mobilizados" e anunciando novas manifestações para o próximo sábado. O líder opositor convocou ainda os sindicatos dos funcionários públicos para "um importante anúncio" a realizar hoje, que não quis desvendar.

PORMENORES

Silêncio de Maduro

O Presidente venezuelano ignorou o regresso do opositor e limitou-se a desejar "um feliz Carnaval" a todos os venezuelanos numa mensagem no Twitter.

Insistência na ajuda

Guaidó lamentou o bloqueio da ajuda humanitária internacional e garantiu que vai procurar "novas estratégias" para garantir a sua distribuição.

Apelo aos militares

O líder opositor apelou ao Exército para deter os "bandos armados" que dispararam contra os voluntários da oposição nos confrontos de 27 de fevereiro.

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