Presidente angolano participou em conferência do Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças.
África deve aumentar a sua produção de vacinas para combater as doenças, defendeu esta quarta-feira o Presidente angolano, João Lourenço, numa videoconferência organizada pelo Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC África).
João Lourenço, que preside este ano à União Africana, considerou, designadamente, que "a cólera é muito mais do que uma emergência sanitária, representa um grande obstáculo ao desenvolvimento económico, social e humano".
O encontro, em que participou também o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Ghebreyesus, serviu para fazer o ponto de situação do surto de cólera que atinge vários países africanos, com maior incidência em Angola, Sudão, Sudão do Sul e República Democrática do Congo (RDCongo).
Na sua intervenção, João Lourenço apontou a cólera como sendo uma oportunidade ideal para "resolver antigos problemas estruturais através de soluções inovadoras e sustentáveis, investindo em infraestruturas adequadas de água, saneamento e saúde pública, não apenas para salvar vidas mas também para gerar ganhos económicos e financeiros concretos, criando as bases sólidas para sociedades mais saudáveis, resilientes e prósperas".
João Lourenço defendeu igualmente a necessidade de se investir na produção de fármacos, afirmando que "para assegurar uma resposta robusta e sustentável a esta e futuras crises, é fundamental localizar-se produção de medicamentos e vacinas no continente".
"A dependência exclusiva de importações externas limita a nossa capacidade de resposta e compromete a nossa soberania sanitária", acrescentou.
Entre os vários chefes de Estado que participaram na videoconferência estavam Félix Tshisekedi (RDCongo), Netumbo Ndaitwah (Namíbia), John Dramani (Gana) e Lazarus Chakwera (Malaui).
João Lourenço evocou ainda, no seu discurso, que, desde 07 de janeiro, Angola está a enfrentar um novo surto de cólera, tendo sido registados 24.536 casos e 718 óbitos até 02 de junho, com uma taxa de letalidade de 2,9%.
Um relatório do CDC África, publicado em abril, refere que mais de 90% das vacinas, medicamentos, testes médicos e outros produtos de saúde essenciais utilizados no continente são importados.
A dependência de África em relação aos produtos de saúde importados revelou-se desastrosa durante as epidemias anteriores, incluindo a covid-19, o ébola, o Marburgo e o mpox, salienta-se ainda no relatório.
Esta situação coloca o continente à mercê das tensões comerciais globais, das perturbações geopolíticas e dos atrasos logísticos, segundo a mesma fonte.
Além disso, as emergências de saúde pública aumentaram acentuadamente em África, de 152 em 2022 para 213 em 2024, ainda segundo o CDC África.
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