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Jovem mãe morta a tiro na rua ao proteger filho de três anos durante rixa de cartéis

Confrontos entre grupos rivais provocou horas de tiroteio, mortes e reféns no Rio de Janeiro.

27 de agosto de 2020 às 18:38

Uma operação de guerra desencadeada por criminosos armados com fuzis militares, granadas e outro armamento pesado para tentarem invadir e ocupar uma favela comandada por um grupo rival de traficantes de droga, fez a cidade brasileira do Rio de Janeiro viver da noite desta quarta até ao amanhecer desta quinta-feira um dos dias de maior violência nos últimos tempos, principalmente para os habitantes do Complexo do Morro São Carlos, na região central da cidade.

Uma jovem de 25 anos que ia trabalhar foi morta no meio da rua ao proteger o filho de três anos, que com a abnegada acção da mãe escapou ileso, uma família foi mantida refém dentro de um prédio por mais de cinco horas, e ao início da tarde desta quinta-feira, final da tarde em Lisboa, voltou a haver confronto à bala, desta feita com a polícia.

Ana Cristina, a vítima inocente desta violenta tentativa de um grupo de traficantes de invadirem e ocuparem o Morro São Carlos para passarem a controlar os pontos de venda de droga até agora nas mãos de um grupo rival, foi atingida na cabeça perto das 19 horas desta quarta-feira, quando se dirigia ao local de trabalho com o filho de três anos.

Quando o tiroteio começou e sem ter onde se proteger, Ana Cristina curvou-se e cobriu o corpo do filho com o seu, salvando o bebé mas morrendo na acção.

Já de madrugada, criminosos armados com fuzis e outras armas de guerra que fugiam depois da tentativa de invasão, ao depararem-se com a polícia iniciaram um novo confronto, desta feita com agentes, no qual um dos traficantes morreu e outros três foram baleados.

Um quinto criminoso conseguiu invadir um edifício residencial depois de ferir o porteiro, entrou num apartamento e fez uma família refém até ao amanhecer desta quinta-feira, quando, completamente cercado e com a intervenção da sua própria família, chamada ao local, se rendeu e libertou os reféns.

Desde o amanhecer, um forte contingente de forças especiais da polícia do Rio ocupa o Morro São Carlos à procura de criminosos que participaram nos violentos tiroteios registados durante horas, e prenderam cinco suspeitos.

Pouco depois das 12 horas locais, 16 em Lisboa, blindados do BOPE, Batalhão de Operações Policiais Especiais, viraram as suas metralhadoras para um edifício onde supostamente se escondiam mais criminosos em fuga e houve novo confronto, ainda sem balanço divulgado.

Ao amanhecer de quarta-feira, polícias e traficantes já se tinham enfrentado há bala no elegante bairro da Lagoa, na zona sul do Rio de Janeiro, quando os agentes se depararam com um comboio de carros roubados onde criminosos fortemente armados saíam da favela da Rocinha, dois marginais foram mortos, dois foram presos e os outros conseguiram escapar.

Soube-se depois que esse grupo de criminosos fazia parte da facção que horas mais tarde invadiu o Morro São Carlos e ia reforçar o poder de fogo de cúmplices já escondidos nessa altura na região.

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