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Ladrões do Louvre escaparam à polícia por uma questão de 30 segundos

Investigação aponta duras críticas à segurança do museu e recorda que várias das vulnerabilidades já tinham sido identificadas.

10 de dezembro de 2025 às 14:56

Uma investigação ao roubo das joias no Museu do Louvre, em Paris, França, em outubro, revelou que os ladrões escaparam por uma questão de 30 segundos.

A investigação, ordenada pelo Ministério da Cultura, mostrou ainda que apenas uma das duas câmaras de segurança próximas do local estava a funcionar na manhã daquele domingo, 19 de outubro.

Os agentes na central de segurança também não tinham monitores suficientes para acompanhar as imagens em tempo real, e a falta de coordenação fez com que a polícia fosse inicialmente enviada para um local errado após o alarme ter soado, lê-se no relatório divulgado esta quarta-feira pela Comissão de Cultura do Senado francês.

"Isto evidencia uma falha geral do museu, bem como da sua autoridade supervisora, em lidar com questões de segurança", disse o chefe da comissão, Laurent Lafon.

Mas uma das revelações mais surpreendentes é mesmo a de que os ladrões fugiram apenas 30 segundos antes da chegada da polícia e dos seguranças privados. "Com uma margem de erro de 30 segundos, os seguranças da Securitas ou os polícias poderiam ter impedido a fuga dos ladrões", disse por sua vez o chefe da investigação, Noël Corbin.

O mesmo responsável afirmou que medidas como um sistema moderno de câmaras de segurança, vidros mais resistentes e uma melhor coordenação interna em termos de segurança poderiam ter evitado o roubo das joias da coroa, avaliadas em cerca de 100 milhões de euros, que ainda não foram encontradas.

Laurent Lafon deixou duras críticas ao sistema de segurança do Louvre e falou numa “falha generalizada tanto do museu como da tutela”. O roubo, disse, “não foi um acidente fortuito” nem “um cúmulo do azar”, mas antes o resultado de “decisões que não foram tomadas” e que “já tinham sido identificadas por vários trabalhos anteriores”.

Diversos estudos analisados ??pela administração do Louvre na última década, incluindo uma auditoria de 2019, apontaram uma série de vulnerabilidades de segurança. As conclusões da auditoria indicaram na altura que a varanda à beira do rio, por onde os ladrões entraram, era um ponto facilmente acessível com uma escada extensível. O que veio a suceder no dia 19 de outubro.

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