Marcola completou em fevereiro 20 anos preso, dos quais quase quatro foram cumpridos em solitária como punição.
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Condenado até agora a 277 anos de prisão e ainda à espera de novas sentenças em outros processos, o líder máximo do PCC (Primeiro Comando da Capital), a maior e mais sanguinária fação criminosa do Brasil, Marco Willians Herbas Camacho, conhecido por Marcola, de 51 anos, não se arrepende dos seus crimes.
Relatórios elaborados por psiquiatras e psicólogos que falaram com Marcola na cadeia atestam que o chefe histórico do crime organizado de São Paulo, que ao longo dos anos se espalhou para o resto do Brasil e para outros países, fala dos seus muitos crimes com eloquência e absoluta naturalidade, sem qualquer evidência de reprovação ou arrependimento.
Segundo os profissionais que elaboraram os relatórios, a que o UOL, site de notícias do jornal Folha de S. Paulo teve acesso, Marcola não sofre de qualquer doença mental, não é um sociopata ou um psicopata. Ele tem, atestam os laudos, perfeita noção dos crimes que cometeu, e racionaliza pragmaticamente, apesar de só ter estudado até ao antigo ciclo preparatório evidencia cultura acima da média, tal como a inteligência e capacidade de raciocínio e de nutrir sentimentos e
laços afetivos com terceiros, tendo uma preocupação constante com os quatro filhos de dois casamentos.
Marcola completou em fevereiro 20 anos preso, dos quais quase quatro foram cumpridos em solitária como punição, e tem penas para cumprir até 2276.
O homem que a justiça e a polícia consideram o mandante de centenas de mortes de inocentes, polícias e até de outros criminosos, pois costuma punir traições com a morte dos traidores depois de demoradas sessões de tortura e mutilações, começou no mundo do crime aos 12 anos, depois de ter perdido a mãe aos 9 e passado a viver nas ruas. Foi preso pela primeira vez cinco dias depois de completar 18 anos, idade mínima para responder criminalmente, e ao longo das suas passagens por várias prisões transformou-se num mito e na principal liderança do PCC, que fundou numa cadeia de São Paulo e hoje é uma poderosa organização criminosa que controla todo o tipo de crimes no Brasil e tem ramificações em inúmeros países, tendo-se já transformado num problema de segurança nacional no Paraguai, por exemplo.
O poder de Marcola é tão grande que nem o isolamento em prisões de São Paulo com segurança reforçada impediram que desse ordens aos seus cúmplices em liberdade ao longo dos anos, e nem mesmo a segurança de uma das prisões federais mais temidas do Brasil, em Porto Velho, para onde foi transferido em fevereiro, foi considerada suficiente. Por isso, numa ação conjunta entre o governo de São Paulo, onde estava preso, da justiça e do governo federal, tropas especiais do Exército foram enviadas para cercar e reforçar a prisão em Porto Velho, para evitar tanto que ele fuja como para tentar impedir a sua comunicação com a fação, que destinou 25 milhões de euros para uma fuga cinematográfica de Marcola com uso de helicópteros, plano descoberto e anulado pela polícia.
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