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Líder da oposição Svetlana Tikhanovskaya foge da Bielorrússia após ameaças

Svetlana disse ter sido ameaçada após acusar o presidente Alexander Lukashenko de fraude.

12 de agosto de 2020 às 08:20

A líder da oposição da Bielorrússia, Svetlana Tikhanovskaya, foi obrigada a fugir do país após ter sido ameaçada por denunciar a alegada fraude eleitoral que deu uma vitória esmagadora ao presidente Alexander Lukashenko nas eleições de domingo.

Tikhanovskaya, de 37 anos, desapareceu após ter-se deslocado à sede da Comissão Eleitoral, na segunda-feira, para apresentar um protesto formal contra os resultados das Presidenciais, que Lukashenko venceu com 80% dos votos. Durante setes horas, a líder da oposição esteve incontactável. levando a sua campanha a temer o pior, até que chegou de madrugada à vizinha Lituânia. Em conferência de imprensa, revelou que foi detida e ameaçada. “Espero que ninguém tenha que passar por aquilo que passei”, afirmou, visivelmente transtornada, revelando que as suas filhas também foram ameaçadas. O MNE da Lituânia, Linas Linkevicius, disse aos jornalistas que Tikhanovskaya “não teve outra opção” a não ser deixar o seu país, adiantando que a sua saída terá sido a condição para a libertação da sua diretora de campanha, Maria Moriz, que estava detida desde sábado.

Professora de Inglês, Tikhanovskaya era uma desconhecida quando decidiu candidatar-se às Presidenciais, em maio, em substituição do marido, que foi detido pelo regime de Lukashenko. Apesar da falta de experiência, conseguiu mobilizar uma população descontente e rapidamente foi considerada como a maior ameaça ao presidente em 26 anos de poder.

A reeleição esmagadora de Lukashenko despoletou uma onda de protestos sem precedentes no país, com milhares de pessoas a saírem à rua para denunciar a alegada fraude eleitoral. A polícia reprimiu os protestos com grande violência, matando pelo menos uma pessoa e detendo mais de dois mil manifestantes. n *com agências

A líder da oposição da Bielorrússia, Svetlana Tikhanovskaya, foi obrigada a fugir do país após ter sido ameaçada por denunciar a alegada fraude eleitoral que deu uma vitória esmagadora ao presidente Alexander Lukashenko nas eleições de domingo.

Tikhanovskaya, de 37 anos, desapareceu após ter-se deslocado à sede da Comissão Eleitoral, na segunda-feira, para apresentar um protesto formal contra os resultados das Presidenciais, que Lukashenko venceu com 80% dos votos. Durante setes horas, a líder da oposição esteve incontactável. levando a sua campanha a temer o pior, até que chegou de madrugada à vizinha Lituânia. Em conferência de imprensa, revelou que foi detida e ameaçada. “Espero que ninguém tenha que passar por aquilo que passei”, afirmou, visivelmente transtornada, revelando que as suas filhas também foram ameaçadas. O MNE da Lituânia, Linas Linkevicius, disse aos jornalistas que Tikhanovskaya “não teve outra opção” a não ser deixar o seu país, adiantando que a sua saída terá sido a condição para a libertação da sua diretora de campanha, Maria Moriz, que estava detida desde sábado.

Professora de Inglês, Tikhanovskaya era uma desconhecida quando decidiu candidatar-se às Presidenciais, em maio, em substituição do marido, que foi detido pelo regime de Lukashenko. Apesar da falta de experiência, conseguiu mobilizar uma população descontente e rapidamente foi considerada como a maior ameaça ao presidente em 26 anos de poder.

A reeleição esmagadora de Lukashenko despoletou uma onda de protestos sem precedentes no país, com milhares de pessoas a saírem à rua para denunciar a alegada fraude eleitoral. A polícia reprimiu os protestos com grande violência, matando pelo menos uma pessoa e detendo mais de dois mil manifestantes. n *com agências

PORMENORES

1994

foi o ano em que Lukashenko foi eleito presidente da Bielorrússia e foi também o último ano em que as eleições foram consideradas “livres e justas” pela comunidade internacional. Autoritário, está no poder há 26 anos e é conhecido como ‘o último ditador da Europa’.

Lukashenko foi o único deputado do Parlamento bielorrusso a votar, em 1991, contra o desmantelamento da União Soviética. Após ser eleito presidente, preservou grande parte do simbolismo soviético no país.

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