Família desesperada teme que seja retirado oxigénio ao menino na transferência para os paliativos e apela aos tribunais.
A família do pequeno Archie Battersbee, o menino inglês de 12 anos que está em coma profundo há três meses, desistiu de lutar por novos tratamentos para a criança e, segundo a mãe do menor, apenas quer que ele tenha "uma morte digna" numa clínica especializada em cuidados paliativos. Hollie está disposta, no limite, a ser ela a fornecer oxigénio ao filho, através de "respiração boca a boca".
Após terem feito um pedido formal para que o menino seja transferido para os paliativos, na sequência da decisão do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (TEDH) se não intervir para impedir que as máquinas de suporte de vida de Archie sejam desligadas, Hollie Dance e Paul Battersbee, pais do menino, defendem que devem poder escolher onde querem que a criança passe os seus últimos momentos.
"Agora temos que lutar para ver se o conseguimos tirar daqui [do hospital] para que ele tenha uma morte digna numa clínica de paliativos. É muito injusto. Como pais, não temos direitos sobre as nossas crianças. É revoltante", lamenta a mãe do menino inglês.
Archie está em coma e em morte cerebral desde abril, quando foi encontrado inconsciente pela mãe em casa. Há suspeitas de que o menino estivesse a participar num ‘desafio suicida’ no TikTok quando se deu a tragédia. Agora, Archie está ligado às máquinas, com ventilação e tratamentos no Royal London Hospital, mas a família acusa a unidade hospitalar de lhes ter mentido.
Terá sido dito à família anteriormente que a transferência de Archie para uma clínica de paliativos era possível, mas agora a mãe diz que os médicos "voltaram trás com a palavra dada".
Contactado pelo Mirror, o fundo Barts Health do Sistema Nacional de Saúde do Reino Unido, que gere o hospital, explicou que os médicos defendem que "há riscos consideráveis" com a transferência da criança. "Na condição instável que está, a transferência de ambulância para um ambiente completamente diferente pode acelerar a deterioração prematura que a família quer evitar, mesmo com equipamento e staff dedicado durante toda a viagem", explicam os responsáveis. O hospital acrescenta que o Tribunal decretou que Archie deve permanecer no hospital quando os tratamentos lhe forem retirados e as máquinas deligadas.
A mãe de Archie teme o pior: que o filho não tenha direito a oxigénio paliativo quando as máquinas de suporte de vida forem desligadas, como aconteceu em 2018, no caso de Alfie Evans. Nessa altura, a família do menor fez-lhe respiração boca a boca. A mãe de Archie assume estar disposta ao mesmo, numa altura em que um grupo religioso que representa a família já formalizou o pedido para que o oxigénio não seja retirado à criança.
"Se for negado oxigénio ao Archie quando as máquinas forem desligadas eu mesma vou continuar a dar-lhe oxigénio. Rezo para que os tribunais decidam o que está certo. Se recusarem dar-nos permissão para o levarmos para a clínica e não lhe derem oxigénio paliativo, isso é desumano", chora Hollie Dance, que se diz destroçada e afirma que alguns dos exames mostrados em tribunal não são do filho. "Uma das ressonâncias magnéticas mostrava nove dentes no maxilar inferior, quando o Archie tem 12. Eu só peço que analisem bem os nosso pedidos, nós só precisamos de um pouco mais de tempo", termina a mãe de Archie ao Mirror.
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