Portugal e Grécia foram os únicos da União Europeia a participar na operação.
Mais de 1000 pessoas foram detidas numa operação conjunta da Interpol e da Afripol contra o tráfico de pessoas e imigração ilegal que decorreu entre maio e junho em 54 países. Portugal e Grécia foram os únicos da União Europeia a participar na operação, informa o SEF em comunicado.
A nível global foram detidas 1062 pessoas e sinalizadas 823 vítimas de tráfico de seres humanos, foram também detetados 2731 em situação ilegal. Na sequência da operação foram ainda apreendidas 801 viaturas e armas de fogo, refere o SEF.
De acordo com a mesma fonte, na operação "Flash-Weka" foram sinalizadas em Portugal 94 vítimas de tráfico de seres humanos, na investigação BSports Academy, um homem foi detido por falsificação de documentos, foram fiscalizados 171 voos e controlados 21.432 passageiros e documentos nos aeroportos de Lisboa e Porto. Foram ainda apreendidas 17 autorizações de residência e oito passaportes.
O secretário-geral da Interpol, Jürgen Stock, referiu que "o tráfico de seres humanos e o contrabando de migrantes fazem frequentemente parte de uma cadeia criminosa mais vasta e complexa".
Daí, acrescentou Stock, a importância da cooperação com a Afripol para desmantelar estas redes, identificar e "resgatar milhares de vítimas retidas".
Entre as várias ações levadas a cabo, oito cidadãos marroquinos foram intercetados num bote com coletes salva-vidas quando se preparavam para atravessar ilegalmente a costa espanhola.
Em Angola, sete mulheres vietnamitas, recrutadas online com a promessa de trabalho em hotéis e salões de beleza, foram resgatadas dos seus traficantes, também vietnamitas, que as obrigavam à prostituição.
As investigações na Tunísia sobre um barco encontrado a 80 milhas ao largo da costa de Kerkennah concluíram que naufragou quando navegava entre a Líbia e a Itália com 59 passageiros, incluindo crianças, de países como o Bangladesh, o Egito, o Paquistão e a Síria.
Foram assim identificadas redes no Burkina Faso, nos Camarões, onde as vítimas foram resgatadas em Yaoundé e os suspeitos detidos na Costa do Marfim, Gana, Guiné-Conacri e Mali.
As informações recebidas na Serra Leoa através da Interpol levaram a uma operação policial que ajudou a resgatar 15 supostas vítimas de tráfico de pessoas, todos homens do Sri Lanka, segundo a mesma fonte.
No Togo, num hotel de Lomé, as autoridades resgataram 30 vítimas do tráfico de seres humanos da Nigéria que eram exploradas sexualmente.
Na Síria, a polícia resgatou um menor e prendeu dois homens suspeitos de tráfico para exploração sexual.
Finalmente, as autoridades iraquianas prenderam nove pessoas suspeitas de envolvimento em casos de tráfico de órgãos.
Em junho de 2022, uma repressão semelhante ao "Flash-Weka", "Weka II", mobilizando 44 países em quatro continentes, resultou na prisão de 300 pessoas, incluindo 83 contrabandistas de migrantes e 88 suspeitos de tráfico de pessoas. Cerca de 700 vítimas foram resgatadas.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.