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May e Corbyn falham acordo para o Brexit

Reunião entre a chefe de governo e o líder da oposição trabalhista não bastou para desbloquear o impasse.

04 de abril de 2019 às 08:48

A reunião desta quarta-feira entre a primeira-ministra britânica, Theresa May, e o líder da oposição trabalhista, Jeremy Corbyn, terminou sem avanços significativos para desbloquear o impasse do Brexit.

Ambos falaram de passos "construtivos", mas Corbyn revelou que May não manifestou apoio à ideia de um novo referendo sobre a saída britânica da União Europeia (UE).

Os dois líderes chegaram a acordo apenas sobre "um programa de trabalho" que permita delinear um plano conjunto para levar a votos no parlamento. A votação deverá ter lugar antes de 10 de abril, data de uma cimeira de emergência da UE.

Fontes do governo britânico afirmaram, de forma vaga, que tanto May como Corbyn "mostraram flexibilidade" e comprometeram-se "a acabar com a presente incerteza sobre o Brexit".

Mas, caso as conversações, que serão realizadas por equipas de trabalho de ambos os partidos, não cheguem a um entendimento, May adiantou que caberá devolver a palavra ao parlamento para "determinar a linha de rumo".

Seja como for, haja ou não um compromisso entre governo e oposição trabalhista, a primeira-ministra garantiu que pedirá à UE um novo adiamento, a fim de conseguir ter um acordo aprovado pelos deputados antes de 22 de maio.

O objetivo é evitar que o Reino Unido seja forçado a participar nas eleições europeias, a realizar entre os dias 23 e 26 desse mês.

Após a reunião bilateral, May e Corbyn reuniram-se, separadamente, com a primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, que deu a entender haver um sério risco de fracasso do esforços de compromisso.

Sturgeon considerou que Corbyn não cederá facilmente, sendo um dos pontos de honra do seu projeto uma união aduaneira com a UE, e disse ainda que May não lhe pareceu muito aberta a um compromisso nesse ponto.

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Corbyn usado como alvo

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