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Menina de 11 anos violada submetida a cesariana em vez de aborto

Médicos desrespeitaram vontade de menor que engravidou após violação.

01 de março de 2019 às 01:30

Uma menina de 11 anos que engravidou após ser violada foi submetida contra a sua vontade a uma cesariana para "salvar" o bebé em vez do aborto que exigiu e a que tinha direito de acordo com a lei, num caso que veio reacender o debate sobre a interrupção voluntária da gravidez na Argentina.

A menor engravidou após ser violada pelo companheiro da avó, de 65 anos. Recorreu à Justiça para abortar mas o processo atrasou-se várias semanas devido a dúvidas sobre quem tinha a custódia legal da menor, e, mesmo depois de o tribunal dar luz verde ao aborto, vários médicos recusaram fazê-lo por motivos religiosos.

A menina estava já na 23ª semana de gestação quando a autoridade de saúde interveio e deu ordem aos médicos para "salvarem as duas vidas", o que levou a que fosse feita uma cesariana e não um aborto. O feto está na incubadora mas não deverá sobreviver.

O caso provocou fortes protestos no país, com as organizações de defesa dos direitos das mulheres a dizerem que a menor "foi sujeita a uma autêntica tortura".

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