A edição de hoje
FBI está a investigar os dois casos e não descarta hipótese de terrorismo.
Os Estados Unidos da América receberam o novo ano com tragédia. Dois ataques - um em Nova Orleães e outro em Las Vegas - , cujas motivações ainda estão por apurar, marcaram o primeiro dia de 2025.
O FBI está a investigar as ocorrências e não descarta a hipótese de terrorismo.
Atropelamento em Nova Orleães
Pelo menos 15 pessoas morreram e 30 ficaram feridas depois de uma carrinha ter atropelado várias pessoas que se encontravam a celebrar a passagem do ano, pouco depois das 3h da manhã, na quarta-feira, na Bourbon Street, em Nova Orleães, nos Estados Unidos da América.
Entre as vítimas está um lusodescendente - Matthew Tenedório, de 25 anos, filho e neto de emigrantes. A informação foi confirmada pelas autoridades municipais e federais e citada pela ABC NEWS. O suspeito morreu após uma troca de tiros com a polícia.
Testemunhas que presenciaram o condutor a avançar sobre a multidão revelaram que este terá depois saído da viatura e disparado, avança a CBS NEWS. Dois polícias ficaram feridos. Segundo avança a Associated Press, o suspeito acabou por morrer na sequência da troca de tiros com as autoridades.
O atacante já foi premilinarmente identificado como sendo Shamsud Din Jabbar, de 42 anos, veterano do Exército dos EUA, avançou a Sky News. Segundo a CNN, o suspeito, natural do Texas, tinha uma bandeira do Daesh no momento do ataque e existiam vários explosivos numa arca frigorífica na carrinha.
A investigação foi entregue ao FBI que, em comunicado citado pela CNN, está a investigar o caso "como um ato de terrorismo". A entidade de investigação garantiu que está a desenvolver uma investigação para apurar as circunstâncias do ataque.
“Foram encontrados explosivos artesanais e estamos a trabalhar para confirmar se são dispositivos que podiam ser accionados ou não”, explicou Alethea Duncan, agente especial assistente responsável pelo departamento do FBI em Nova Orleães.
Carrinha explode em Las Vegas
Uma pessoa morreu e outras sete ficaram feridas depois de uma carrinha Tesla se ter incendiado e explodido, junto ao hotel de Donald Trump, em Las Vegas.
Segundo a Associated Press, a vítima mortal estava dentro do veículo. A polícia Metropolitana de Las Vegas referiu que ainda estão a ser investigados os detalhes da ocorrência.
O alerta foi dado às 8h40 (hora local) de quarta-feira, dia 1 de janeiro.
O homem encontrado dentro da carrinha já foi identificado como sendo Matthew Livelsberger, de 37 anos, um militar americano no ativo, natural de Colorado.
Segundo o comandante da Clark County Kevin McMahill, o homem encontrado dentro da carrinha levou um tiro na cabeça, antes da explosão. Uma arma foi encontrada junto aos seus pés e as autoridades acreditam que o tiro tenha sido autoinflingido, refere a Sky News.
Possível ligação entre os dois casos
As autoridades norte-americanas estiveram a investigar a possibilidade do tiroteio em Nova Orleães e a explosão de um carro Tesla em Las Vegas estarem relacionados. Apesar de existirem algumas pistas que poderiam revelar ligações entre os dois casos, o FBI afirmou, esta quinta-feira, que não há, até ao momento, uma qualquer ligação estabelecida.
O diretor do FBI, Christopher Raia, afirmou, numa conferência de imprensa esta quinta-feira, que, embora estejam a seguir "todas as potenciais pistas", não há, até ao momento, uma ligação definida entre os dois casos. Raia também referiu que o FBI acredita que o autor do atropelamento em Nova Orleães agiu sozinho. Os investigadores vasculharam as redes sociais e o telemóvel do responsável e não encontraram conecções a nenhum grupo ou organização.
Segundo fontes policiais ouvidas pelo NBC News, o passado dos dois suspeitos e a possibilidade de serem conhecidos, uma vez que ambos estão ligados à área militar, está a ser investigada.
"A polícia está a investigar inclusive a possibilidade de conexão" entre os dois ataques, disse Joe Biden, presidente dos Estados Unidos da América quando se pronunciou sobre o carro que explodiu "do lado de fora do hotel de Trump em Las Vegas", na quarta-feira.
O chefe da Polícia de Las Vegas confirmou ainda que ambos os veículos foram alugados pela aplicação Turo, o que pode ser coincidência ou um eventual elo de ligação entre os dois suspeitos.
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