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Papa Francisco liga para mãe de vereadora assassinada no Rio de Janeiro

Marielle Franco foi morta na noite da passada quarta-feira.

21 de março de 2018 às 19:09

O Papa Francisco ligou para a mãe de Marielle Franco, a vereadora do Rio de Janeiro assassinada na noite de quarta-feira passada por atiradores numa rua daquela cidade brasileira quando regressava a casa após participar num debate sobre mulheres negras. O anúncio do telefonema do Sumo Pontífice foi feito pela irmã de Marielle, Anielle Franco.

Segundo Anielle, a mãe delas, a advogada Marinete Franco, recebeu o telefonema minutos antes do início da missa de sétimo dia pela morte de Marielle, que decorreu na Igreja de Nossa Senhora do Parto, no centro do Rio. Anielle adiantou que a mãe ficou tão emocionada que nem conseguiu ouvir nem entender tudo o que Francisco lhe disse.

Ainda segundo Anielle, Francisco endereçou condolências à família, falou o nome da vereadora brutalmente assassinada e acrescentou estar a rezar tanto por Marielle quanto por toda a família. A irmã de Marielle acrescentou que, quando a mãe lhe contou, chegou a pensar que tudo não tinha passado de uma brincadeira de mau gosto, mas que depois começaram a ligar-lhe e a dar-lhe os parabéns pelo telefonema de Francisco.

Domingo passado, a filha de Marielle, Luyara Franco, enviou um e-mail para o endereço eletrónico oficial do Papa pedindo para Francisco rezar pela mãe. Pouco depois, um assessor do Sumo Sacerdote respondeu, dizendo que todos tinham ficado emocionados com a mensagem e que iriam encaminhá-la imediatamente a Francisco, mas a família nunca esperou que o próprio Papa ligasse.

Marielle, quinta vereadora mais votada do Rio de Janeiro nas últimas eleições municipais, foi assassinada dentro do próprio carro por uma rajada de tiros disparada de um outro automóvel, que se colocou ao lado do dela quando seguiam numa rua deserta do bairro do Estácio, na zona norte do Rio.

Polícias e milicianos de grupos para-militares formados por agentes são os principais suspeitos da morte de Marielle, eleita pelo PSOL, Partido Socialismo e Liberdade, que frequentemente fazia denúncias de abusos da polícia contra negros e moradores de favelas.

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