Balanço foi apresentado pela ANAP que anunciou a colocação de mais quatro colares satélites para rastrear os movimentos dos animais.
Pelo menos 15 pessoas morreram e outras 10 ficaram feridas em ataques de animais no Parque Nacional de Mágoé, no centro de Moçambique, anunciou esta segunda-feira a administração das áreas de conservação, que colocou colares em elefantes para travar incidentes.
"Lamentavelmente, este ano foram registadas 15 mortes e 10 ferimentos graves ligados a encontros [de pessoas] com animais selvagens em Mágoé", além de "diversas culturas destruídas", anunciou a Administração Nacional de Áreas de Conservação (ANAC), em nota publicada na sua página da rede social Facebook.
Para minimizar o conflito homem e fauna bravia, a ANAC colocou mais quatro colares satélites em igual número de elefantes do Parque Nacional de Màgoé, na província de Tete, centro do país, cujo objetivo é monitorizar a movimentação destes mamíferos e impedir mais mortes e ferimentos.
"Os colares permitirão às autoridades e equipas de resposta baseadas na comunidade rastrear os movimentos de elefantes em tempo real, antecipar áreas de risco e implementar esforços de mitigação mais rapidamente e estrategicamente", esclarece-se na nota.
A ANAC aponta que esta medida visa estabelecer a coexistência entre animais e as comunidades residentes no parque, prometendo esforços para a colocação de mais colares em animais de outras áreas de conservação moçambicanas, entre as quais o Parque Nacional do Limpopo, Parque Nacional de Chimanimani, Parque Nacional da Gorongosa, Parque Nacional de Maputo e Reserva Especial do Niassa.
Segundo um relatório do Instituto Nacional de Estatística (INE) moçambicano, o número de mortos devido a ataques de animais selvagens quase triplicou num ano, chegando a 159 vítimas em 2023.
No relatório de Indicadores Básicos do Ambiente de 2023, o INE detalhou que o número de óbitos por conflito homem-fauna bravia foi de 58 no ano anterior e de 56 em 2021, mas de 97 em 2020 e de 42 em 2019.
Mais de metade das vítimas mortais destes ataques em 2023 concentrou-se na província de Tete (70), seguindo-se a Zambézia (31), segundo os dados do INE. Só a província de Tete soma 137 mortos desde 2019, de acordo com o histórico do instituto de estatística moçambicano.
"No que concerne às áreas de culturas destruídas pela ação da fauna bravia, em 2023 houve registo de destruição de 1.490 hectares, sendo a província de Gaza a que observou maior destruição (68,3%), seguida de Tete com 16,3%", lê-se no documento.
Citando os últimos dados disponíveis, no relatório do INE recorda-se que Moçambique estimava em 2018 uma população de 9.114 elefantes e 64.800 búfalos, entre dezenas de espécies de grande porte.
Segundo o mesmo relatório do INE, viviam em 2023 no interior das áreas protegidas moçambicanas 205.375 pessoas, em 162 comunidades, às que se somam 501.737 em 504 comunidades nas zonas tampão a estes parques e reservas.
De acordo com dados anteriores da ANAC, os ataques da fauna bravia em Moçambique destruíram de 2019 a 2023 um total de 955 hectares de culturas agrícolas, como milho e mandioca.
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