Na emboscada dos insurgentes à coluna sul-africana em fuga por estrada "três veículos foram destruídos e sete pessoas foram mortas".
Pelo menos um empreiteiro sul-africano expatriado no norte de Moçambique foi morto e vários outros encontram-se desaparecidos após o ataque terrorista de sexta-feira na cidade de Palma, junto aos projetos de gás, noticia hoje a imprensa sul-africana.
O jornal Citizen escreve que pelo menos um trabalhador sul-africano morreu, enquanto vários outros sul-africanos encontravam-se entre cerca de 200 expatriados retidos num hotel em Palma, após fugirem de uma nova onda de ataques armados por insurgentes na região.
Já o The Times adianta que dezenas de empreiteiros sul-africanos e de várias outras nacionalidades "são dados como mortos ou capturados" por grupos armados quando tentavam fugir de militantes islâmicos no norte de Moçambique.
Este jornal sul-africano refere, citando fontes da segurança, que apenas sete dos 17 veículos que fugiram do hotel, próximo ao maior projeto de gás em África, conseguiram escapar quando a coluna em que seguiam foi emboscada pelos grupos armados.
A mulher de um dos empreiteiros sul-africanos afetados, citada pelo Times, disse que dos cerca de 200 expatriados retidos no hotel, onde haviam recebido instruções para aguardar por uma evacuação por mar, 20 acabaram por ser retirados de helicóptero antes dos restantes 172 tentarem sair por estrada.
O jornal refere que a empresa militar privada sul-africana Dyck Advisory Group utilizou "bombas" contra os grupos armados, para assistir no resgate de alguns dos expatriados presos no Hotel Amarula Palma, utilizando para o efeito um helicóptero de seis lugares, para o acampamento da petrolífera francesa Total, em Afungi, que também teve de ser evacuado posteriormente.
Na emboscada dos insurgentes à coluna sul-africana em fuga por estrada "três veículos foram destruídos e sete pessoas foram mortas".
Apenas sete veículos conseguiram sair do complexo hoteleiro, com cerca de 40 a 50 pessoas, "mas ainda assim alguns deles foram mortos", disse uma fonte da segurança a este jornal.
Os expatriados estrangeiros retidos no hotel "foram completamente abandonados pelas forças de segurança moçambicanas, possivelmente por terem ficado sem munições", referem ainda as fontes de segurança do Daily Maverick.
Contactado pela Lusa, o porta-voz do Ministério da Cooperação e Relações Internacionais sul-africano, Lunga Ngqengelele, não precisou até ao momento o número de sul-africanos afetados pelo recente ataque armado na cidade moçambicana de Palma.
Todavia, em declarações à imprensa sul-africana, o porta-voz ministerial confirmou que o Governo sul-africano está a acompanhar "alguns sul-africanos que se encontram nessa situação em Moçambique".
"Através da nossa missão diplomática em Maputo estamos a prestar serviços consulares, incluindo encontrar formas de os ajudar a regressar a casa, para aqueles que precisam de regressar a casa", adiantou Lunga Ngqengelele ao jornal Daily Maverick.
Este ataque é o mais grave junto aos projetos de gás após três anos e meio de insurgência armada à qual a sede de distrito tinha até agora sido poupada.
A violência está a provocar uma crise humanitária com quase 700 mil deslocados e mais de duas mil mortes.
Algumas das incursões foram reivindicadas pelo EI entre junho de 2019 e novembro de 2020, mas a origem dos ataques continua em investigação.
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