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Pensilvânia recusa invalidar contagem das eleições dos Estados Unidos

Tribunal foi incapaz de encontrar qualquer irregularidade na contagem dos votos.

23 de novembro de 2020 às 09:05

O Tribunal da Pensilvânia recusou invalidar a contagem de votos naquele estado, o que daria a Trump a possibilidade de atingir os 270 de que precisava para o colégio eleitoral. O republicano sugeriu a existência de uma violação da Constituição do país, que garante igual proteção ao abrigo da lei, quando os condados da Pensilvânia adotaram abordagens diferentes para notificar os eleitores acerca de problemas técnicos com os boletins de voto enviados por correio.

O juiz Matthew Brann escreveu que “seria de esperar que, ao procurar tão surpreendente desfecho, um queixoso estivesse formidavelmente armado com argumentos legais e provas factuais de corrupção desenfreada, de tal forma que este tribunal não teria alternativa senão dar como procedente o pedido”, mas segundo o magistrado isso não se sucedeu e, pelo contrário, “a este tribunal foram apresentados argumentos legais forçados, sem mérito e acusações especulativas”. O advogado de Trump, Rudy Giuliani, já indicou que vai recorrer desta decisão para um tribunal superior, que fica apenas um grau abaixo do Supremo Tribunal dos EUA .

A estratégia da campanha de Donald Trump passa por chegar ao Supremo, onde existe uma maioria republicana, uma vez que, durante o seu mandato, Trump nomeou três juízes para esse órgão. O Presidente norte-americano enfrenta, nesta fase, uma pressão cada vez maior para desistir da tentativa de tornar ilegítima a eleição de Joe Biden.

O senador republicano Pat Toomey disse que esta decisão anulou qualquer hipótese de vitória legal na Pensilvânia e Liz Cheney, membro da liderança republicana na Câmara dos Deputados, já tinha pedido a Trump que respeitasse “a santidade” do processo eleitoral. Trump já tem quatro tentativas falhadas para impedir a certificação de resultados: Geórgia, Michigan, Arizona e Pensilvânia.

Candidatura para 2024

Segundo o jornal norte-americano ‘The Washington Post’, Trump já informou o seu círculo de pessoas mais próximas que antes do fim deste ano vai anunciar uma candidatura para concorrer às eleições presidenciais de 2024.

“Último prego no caixão”

A presidente do Comité de Advogados para Direitos Civis, Kristen Clarke, revelou que esta decisão deveria ser o “último prego no caixão” para as tentativas de Donald Trump de utilizar os tribunais federais para alterar os resultados das eleições presidenciais de 2020.

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