Pessoas que carregavam o caixão desequilibraram-se enquanto eram agredidas.
A polícia israelita atacou, esta sexta-feira, a procissão fúnebre da jornalista da Al Jazeera Shireen Abu Aqleh morta a tiro esta semana, com bastões que atingiram várias pessoas e o carro funerário e com granadas que desequilibraram as pessoas que carregavam o caixão. As imagens mostram o momento do incidente, junto a um hospital, em Jerusalém, Israel.
A justificação das forças de segurança para o incidente era a de que as carpideiras - pessoa a quem se paga para chorar os defuntos durante os funerais - estavam "a perturbar a ordem pública" e de que os participantes cantaram o hino nacional palestiniano e gritaram "Palestina! Palestina!" várias vezes. Em Israel é proibida a exibição pública de bandeiras palestinianas e as pessoas são frequentemente impedidas de as içar em comícios e protestos na cidade.
"Infelizmente, sob os auspícios do funeral, centenas de pessoas começaram a perturbar a ordem pública antes mesmo de [o funeral] ter começado. Quando caixão estava prestes a sair do hospital, começaram a ser atiradas pedras aos oficiais, e eles foram forçados a utilizar meios de dispersão de tumultos", referiram as autoridades israelitas, citadas pelo The Guardian
Hanan Ashrawi, deputada palestiniana, tweetou sobre o sucedido, denominam de "selvagens" as forças israelitas. "Atacaram ferozmente o cortejo fúnebre que leva o caixão [de Abu Aqleh]", referiu a deputada, acrescentando que "a desumanidade [de] Israel está em plena exposição".
A União Europeia afirmou também estar chocada com a força "desnecessária" utilizada pela polícia israelita. "A UE e os restantes membros assistiram ao funeral de Shireen Abu Akleh em Jerusalém, relatando a violência no complexo hospitalar de São José e o nível de força desnecessária exercida pela polícia israelita durante todo o cortejo fúnebre", podia ler-se na rede social Twitter.
"É um dia triste não só para mim, mas para todo o povo palestiniano de todo o país. Vivia connosco através da televisão, era da nossa família", disse Aaya Odeh, uma advogada de 26 anos que tinha viajado de Nazaré até Jerusalém, explicando que sentiu que estava a perder a mãe. "Cresci a vê-la na televisão e aquele que a matou devia ser castigado e levado à justiça", pediu Aaya Odeh.
A jornalista da cadeia de televisão Al-Jazeera Shireen Abu Aqleh morreu esta quarta-feira enquanto cobria um ataque israelita à cidade de Jenin, na Cisjordânia ocupada. Estava identificada com um colete com a palavra ‘Press’ (Imprensa) quando foi baleada na cabeça. Tinha 51 anos e dupla nacionalidade: norte-americana e palestiniana. Um outro repórter, do jornal ‘Al-Quds’, publicado em Jerusalém, também ficou ferido, mas encontra-se livre de perigo.
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