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Polícia usa granadas de gás para dispersar ajuntamento com mais de 3 mil pessoas em praia no sul do Brasil

Autoridades foram recebidas com gritos de protesto e vários jovens começaram a atirar garrafas contra os agentes.

03 de janeiro de 2021 às 16:14

A Brigada Militar, como é denominada a polícia de segurança pública no estado brasileiro do Rio Grande do Sul, no sul do país, teve de usar granadas de gás e balas de borracha para conseguir dispersar um enorme ajuntamento formado numa região de bares à beira da praia na cidade de Imbé, a cerca de 120 km da capital estadual, Porto Alegre. Ninguém ficou ferido com gravidade mas a confusão foi enorme.

A polícia agiu depois de moradores da região se terem queixado do barulho produzido pela multidão formada principalmente por jovens. Quando a polícia chegou, ao início da madrugada, foi recebida com gritos de protesto e vários jovens começaram a atirar garrafas contra os agentes.

Após o uso de várias granadas de gás e de disparos de balas de borracha para assustar, a multidão dispersou finalmente. Grupos isolados que se formaram nas redondezas após a acção policial também foram dispersos um a um pelos agentes.

Ajuntamentos como esse têm ocorrido praticamente em todo o Brasil desde a passagem de ano, violando totalmente as regras de distanciamento social decretadas pelos governos regionais para tentar reduzir o ritmo de propagação do Coronavírus. Em Vitória, capital do estado de Espírito Santo, vizinho ao do Rio de Janeiro, um baile funk reuniu durante quase dois dias mais de 10 mil pessoas, que bebiam, usavam droga e dançavam.

No Rio de Janeiro, enormes ajuntamentos também ocorreram, tanto em bairros ricos, como junto a bares no Leblon e na areia da Praia de Ipanema, quanto em favelas, apesar da proibição total de festas e aglomerações. No alto do morro do Complexo do Alemão, o baile da Lagoínha, que já é um ponto tradicional de festa, reuniu milhares de pessoas, que  passaram também quase 48 horas numa festança sem limites, cuja segurança era feita por traficantes com armas de guerra, que faziam questão de se exibir no meio da multidão.

Na maior cidade brasileira, São Paulo, centenas de festas ocorreram ou ainda estão a ocorrer também em bairros ricos e pobres, sem que a polícia tenha condições de chegar a todos ou, chegando, de agir devido ao enorme número de participantes.

Festas clandestinas em mansões dos elegantes bairros do Morumbi e dos Jardins foram invadidas por agentes, que as acabaram antes do desejado pelos participantes, que pagaram altas somas pelo luxo e comidas requintadas, enquanto em favelas da periferia, como Capão Redondo, no extremo sul, Itaquera e Aricanduva, no extremo norte, milhares de jovens concentraram-se em redor de carros com equipamentos de som nos porta-bagagens e dançaram noite e dia no meio da rua.

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