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Polónia regista incidente com navio russo perto de gasoduto no Báltico

Guarda de Fronteira contactou a embarcação por rádio e ordenou que "abandonasse imediatamente a zona do gasoduto".

02 de outubro de 2025 às 17:00

As autoridades polacas registaram hoje um incidente com uma embarcação russa junto de um gasoduto no Mar Báltico, nas proximidades do porto de Szczecin, no norte do país.

A porta-voz do Ministério do Interior, Karolina Galecka, informou em conferência de imprensa em Varsóvia que "a Guarda de Fronteira, utilizando os seus sistemas de vigilância, detetou uma embarcação russa", que "permaneceu sem rumo durante perto de minutos, a cerca de 300 metros do gasoduto ligado à plataforma portuária".

De acordo com a porta-voz, que não especificou o local exato do incidente, a Guarda de Fronteira contactou a embarcação por rádio e ordenou que "abandonasse imediatamente a zona do gasoduto", instrução que a embarcação russa cumpriu.

O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, também se referiu ao incidente a partir de Copenhaga, à margem da cimeira da Comunidade Política Europeia (CPE).

"Recebi uma mensagem de Varsóvia. Temos outro incidente perto de Szczecin, no porto", disse Tusk, apontando novas situações na região e no Mar Báltico "todas as semanas, quase diariamente", e que compara a "ações de provocação na fronteira com a Bielorrússia".

Por seu lado, a porta-voz da Autoridade Portuária de Szczecin e Swinoujscie, frisou que os portos "estão protegidos e monitorizados 24 horas por dia".

Segundo Weronika Goclowska, "não foi relatado qualquer incidente nas áreas portuárias de Szczecin ou Swinoujscie nos últimos dias".

Swinoujscie alberga o maior terminal de gás natural liquefeito (GNL) da Polónia, dedicado à importação e regaseificação de GNL para reforçar a segurança energética do país e da região.

Donald Tusk criticou aqueles que, na Europa, ainda mantêm a ilusão de que não está a acontecer uma guerra, aludindo às posições do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, sobre o conflito na Ucrânia: "É uma agressão em grande escala (...) um novo tipo de guerra, muito complexa, mas guerra", alertou.

Para o chefe do Governo de Varsóvia, "a verdadeira questão não é se a guerra existe, mas de que lado se está" desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em fevereiro de 2022.

"A posição da Polónia, a posição da NATO e a posição da Europa são claras e, infelizmente, penso que a de Viktor Orbán [também] é clara", lamentou a propósito das sistemáticas tentativas de bloqueio de Budapeste ao apoio europeu a Kiev.

Tusk insistiu que o conflito na Ucrânia "é também uma guerra europeia e ninguém na Polónia duvida disso",citando como "exemplos muito reais" episódios como a violação do espaço aéreo polaco, frotas paralelas e toda uma série de operações híbridas.

"Se a Rússia vencesse, as consequências para a Europa e para o Ocidente seriam dramáticas", advertiu o primeiro-ministro polaco, que defendeu o envolvimento de todos os parceiros na defesa do flanco leste, bem como a sugestão do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, de um escudo antidrones europeu.

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