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População da China diminuiu pelo segundo ano consecutivo

Em 2022 registou-se a primeira queda populacional do país nos últimos 60 anos.

17 de janeiro de 2024 às 15:36

A população da China diminui pelo segundo ano consecutivo. Segundo a BBC News, em 2023 havia 1.409,67 milhões de pessoas, um decréscimo de 208 milhões em relação a 2022.

Esta redução representa o dobro quando comparado com o decréscimo do ano passado. Em 2022 tinha sido registada a primeira queda populacional da China nos últimos 60 anos.

A BBC News indica que os especialistas dizem que esta é uma queda esperada devido à classe urbana em expansão e à taxa de natalidade, que caiu para 6,39 por 1000 habitantes.

O país tem sido confrontado com o decréscimo da taxa de natalidade nos últimos anos, depois de ter imposto uma política de um único filho em 1980, para conseguir controlar o aumento da população à época.

No entanto, a lei foi suspensa em 2015 para impedir uma queda populacional. O Governo introduziu também vários incentivos, como subsídios para constituir família. Em 2021, o limite estabelecido pelo Governo passou para três filhos. 

Segundo a BBC News, os incentivos não têm tido o impacto esperado uma vez que os jovens encaram fatores como o custo de vida e preferem dar prioridade à carreira profissional.

Os especialistas dizem que a pandemia teve impacto no decréscimo da taxa de natalidade, ainda assim, as questões económicas são um fator mais relevante.

"Não é uma surpresa. Eles (a China) têm uma das taxas de natalidade mais baixas do mundo, o que acontece é exatamente isso: a população para de crescer e começa a diminuir", disse à BBC News o professor Stuart Gietel-Basten, da Universidade de Ciência e Tecnologia de Kong.

Em 2023, os problemas económicos começaram a agravar-se e país enfrentou a crise imobiliária e o desemprego juvenil, que em dezembro estava situado nos 14,1%.

O país tem ainda de lidar com a pressão nos sistemas de saúde e de pensões porque a população está cada vez mais envelhecida.

Ainda assim, os especialistas dizem que a China tem tempo e recursos para recuperar do declínio populacional registado.

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