A edição de hoje
Edifício começou a estalar pouco depois das duas horas da madrugada, acordando e assustando quem vivia nele.
Um prédio de quatro andares desmoronou e incendiou-se na madrugada desta quinta-feira na favela Rio das Pedras, na zona oeste da cidade brasileira do Rio de Janeiro. Duas pessoas morreram e quatro ficaram feridas. Pouco antes das 9h00 locais, 13h00 em Lisboa, bombeiros tentavam resgatar uma mulher, o marido e o filho, presos no que restou da casa onde viviam, ao lado do edifício colapsado, mas ainda com vida.
A mulher conseguiu contactar os bombeiros por telemóvel e indicou onde estavam. Enquanto tentavam acalmá-la, os bombeiros fluminenses retiravam escombros e tentavam abrir caminho entre ferros retorcidos e pedras para tentar chegar até às vítimas e salvá-las.
Segundo o G1, a primeira vítima mortal a ser encontrada é uma menina de três anos. Nove horas depois do início das buscas, foi encontrado o pai da criança também já sem vida.
De acordo com moradores da região, o prédio começou a estalar pouco depois das duas horas da madrugada, acordando e assustando quem vivia nele, e várias pessoas conseguiram sair a tempo e ficar a salvo. O desabamento ocorreu às três e meia da madrugada, e o prédio caiu para o lado, sobre outras edificações.
Como inicialmente as lajes dos apartamentos ficaram intactas, tendo num primeiro momento sucumbido apenas a estructura, as paredes laterais e frontais, vários moradores que ainda permaneciam no imóvel tiveram tempo de fugir. Na queda, os escombros atingiram pelo menos outros quatro prédios vizinhos, que provavelmente terão de ser demolidos.
Segundo a Proteção Civil e técnicos da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, tanto o edifício que colapsou quanto os outros em redor são construções irregulares, erguidas e vendidas de forma ilegal provavelmente pela máfia imobiliária ligada à milícia armada que controla a região pela força. Dois anos atrás, na mesma região, dois edifícios igualmente clandestinos ruíram no bairro da Muzema, também controlado e lotado por milicianos, provocando nessa altura 24 mortes.
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