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Gouveia e Melo indeciso sobre diploma da revisão laboral. Cotrim Figueiredo não tem dúvidas, "promulgaria esta legislação"

Ex-chefe da Armada diz que Cotrim Figueiredo "não vai conseguir ser independente", caso seja eleito Presidente da República.

20 de novembro de 2025 às 21:04

O ex-chefe da Armada e o candidato apoiado pela Iniciativa Liberal estreiam-se, esta quinta-feira, nos debates para as presidenciais.

A primeira intervenção coube ao eurodeputado João Cotrim Figueiredo, antigo presidente da Iniciativa Liberal, que, apesar disso, diz ter "capacidade de resistir a interesses", nomeadamente partidários.

Henrique Gouveia e Melo contraria essa ideia, apontando "um conjunto de ligações anteriores que condicionam em termos ideológicos" a quem tem um passado em forças políticas. O ex-chefe da Armada ataca Cotrim Figueiredo: "Não vai conseguir ser independente".

"A independência em relação às máquinas partidárias também se vê nas pessoas que nos rodeiam", atira o liberal, que acusa o militar na reserva de ter na sua estrutura elementos que foram responsáveis pela "propaganda de José Sócrates".

O submarinista reponde que Cotrim "quer ter um poder absoluto de veto e mudar a Constituição" e repete: "Eu não sou maçom. A maçonaria está espalhada em toda a sociedade portuguesa".

O candidato da IL refere, com ironia, que também "só usa avental na cozinha" e garante que não faz parte de nenhuma obediência maçónica.

Gouveia e Melo faz a defesa do sistema semipresidencialista atual e classifica como "muito grave" a notícia de que o DCIAP omitiu do Supremo Tribunal de Justiça escutas com António Costa durante cinco anos. A informação foi avançada pelo Diário de Notícias.

Sobre esse caso, Cotrim concorda com a gravidade da questão e considera que o Ministério Público "tem de vir dar explicações e rapidamente" sobre as diligências no âmbito da 'Operação Influencer'.

"Um dos pilares básicos do nosso sistema é a separação de poderes. Mas isso não significa que não haja escrutínio. E neste momento o sistema de Justiça em Portugal está pouco escrutinado", afirma o liberal, que se for eleito Presidente da República influenciará que se revisite o funcionamento do Conselho Superior de Magistratura e do Ministério Público.

Quando à privatização da TAP, o antigo líder da Marinha defende que "tem de haver uma companhia que defenda os interesses portugueses", mas diz que esta não tem de ser totalmente do Estado.

Cotrim de Figueiredo, apologista da venda da empresa, sublinha que "há muitos países que não têm companhias de bandeira e as coisas correm muito bem".

O candidato da IL considera que o pacote de revisão laboral proposto pelo Governo é vantajoso para ambos, para trabalhadores e patrões. "Promulgaria esta legislação", avança.

Gouveia e Melo não esclarece o que fará se chegar a Belém quando a este diploma.

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