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Prisão preventiva para três detidos pelo homicídio de Samuel, o jovem espancado até à morte

Samuel morreu após um minuto de violentas agressões a murro e pontapé, revelam testemunhas.

09 de julho de 2021 às 15:58

Ficaram em prisão preventiva três dos quatro detidos pelo homicídio de Samuel Luiz Muñiz, um jovem de 24 anos que foi espancado até à morte por sete pessoas, num cenário de horror, na Corunha, Espanha.

Os detidos, todos com idades entre os 20 e os 25 anos de idade, são alegadamente os jovens que ameaçaram Samuel: "Ou paras de gravar ou mato-te, maricas"; que incentivaram à violência e que terão dado o pontapé fatal.

Segundo informação avançada pelo jornal La Voz de Galicia, os quatro jovens foram detidos esta terça-feira e, após esta sexta-feira serem ouvidos perante um juiz na Corunha, três deles viram-lhes decretada prisão preventiva enquanto aguardam julgamento pelo crime que vitimou o jovem enfermeiro. Já o quarto elemento deverá comparecer diariamente no tribunal, uma vez que o juiz entendeu que não haveria perigo de fuga e/ou alteração/destruição de provas.

A mesma fonte indica que, durante esta manhã, as autoridades prenderam também dois menores que estarão implicados na morte de Samuel Luiz. Pertencem ao grupo dos detidos mas, enquanto menores, não podem ser julgados no tribunal como os demais e, por isso, serão julgados no tribunal de menores. 

Recorde-se que pelo menos 13 pessoas foram localizadas e prestaram declarações às autoridades. No entanto, a polícia acredita que apenas sete estejam diretamente envolvidas nos ataques que resultaram na morte de Samuel. Várias testemunhas afirmam que Samuel foi pontapeado e esmurrado enquanto era insultado: "seu maricas do c******".

A versão defendida pelos amigos de Samuel, de que tudo começou numa discussão fútil e acabou com a agressão selvagem, é comprovada pelas imagens recolhidas pelas câmaras de vigilância dos bares e estabelecimentos na zona do ataque.

A polícia mantém todas as hipóteses em aberto e o Governo sublinha que ainda é cedo para tratar este crime como um ataque homofóbico.

O crime remonta à madrugada de sábado (2 de julho). Samuel Luiz Muñiz, auxiliar de enfermagem, saía à noite após vários meses sem muitos contactos com a vida noturna, muito devido à responsabilidade do seu trabalho. O jovem, com origem brasileira, cuidava de idosos num lar em Padre Rubinos, Corunha.

A meio da noite, Samuel e Lina - uma das melhores amigas - decidiram sair do pub onde estavam com um grupo de amigos para conseguirem fumar um cigarro. Mas, em poucos minutos, a noite tornou-se num pesadelo difícil de esquecer.

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