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Réplicas provocam o pânico no Nepal

Hospitais sem meios para atender tantos feridos do sismo.

27 de abril de 2015 às 00:45

Uma forte réplica de 6,7 graus na escala de Richter sacudiu ontem o Nepal, aumentando o pânico da população um dia após o violento sismo de 7,9 graus que atingiu o país e fez mais de 3700 mortos. As autoridades temem que o trágico balanço possa aumentar, uma vez que há muitas zonas remotas onde a ajuda ainda não conseguiu chegar.

Durante todo o dia de ontem, as equipas de socorro e centenas de voluntários fizeram buscas nos escombros dos edifícios em Catmandu, a capital do país e uma das zonas mais atingidas, muitas vezes escavando com as próprias mãos numa tentativa de encontrar sobreviventes.

Os hospitais estão sobrelotados com milhares de feridos e já não há lugar onde guardar os mortos. O material hospitalar também começa a escassear, tendo ontem o governo renovado o pedido de ajuda à comunidade internacional. Os primeiros aviões carregados de ajuda de emergência já chegaram a Catmandu, transportando também hospitais de campanha e equipas de busca especializadas.

Milhares de pessoas passaram a noite ao relento com medo

das réplicas, a mais forte das quais

provocou novas avalanches nos Himalaias e fez desabar dezenas de edifícios debilitados pelo sismo de sábado.

Centenas de alpinistas continuavam encurralados no Evereste, onde o acampamento-base foi parcialmente destruído no sábado por uma avalanche que matou 17 pessoas. 

"Pior minuto foi o primeiro. O chão não parava de tremer"

"O pior minuto foi o primeiro. (…) Foi o minuto mais longo de sempre. O chão não parava de tremer". O relato, via Facebook, é de Pedro Queirós e Lourenço Macedo Santos, dois portugueses que estão no Nepal e que testemunharam o violento sismo que destruiu parcialmente a capital, Catmandu. Os dois jovens têm descrito na rede social os acontecimentos, as emoções e as dificuldades por que estão a passar. "Por toda a cidade há destroços. O caos está instalado", relataram no primeiro dia da tragédia. Com receio de um novo abalo, dormiram ao relento com milhares de pessoas. "As réplicas do terramoto continuaram durante a noite e ainda hoje [ontem] de manhã", contaram, descrevendo a que viveram como uma "experiência quase fatal".

Casal britânico em lua de mel escapa por pouco

Um casal britânico em lua de mel no Nepal, Sam e Alex Chappatte, escapou por muito pouco à avalanche que soterrou parte do acampamento-base. O casal, que só ontem conseguiu contactar os familiares, diz que a experiência foi "aterradora".

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