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Sangue e repressão marcam protestos em Cuba

Pelo menos um homem morreu e 150 foram detidos, desconhecendo-se o seu paradeiro.

15 de julho de 2021 às 08:27

Um homem, de 36 anos, morreu e centena e meia de pessoas foram detidas, desconhecendo-se o seu paradeiro, na sequência dos confrontos entre manifestantes e polícia, que começaram no domingo, na capital cubana.

A Internet móvel foi restabelecida, mas o acesso à aplicação WhatsApp ou às redes sociais Facebook ou Twitter, entre outras, mantinha-se esta quarta-feira bloqueado, pelo terceiro dia. Uma youtuber e ativista cubana foi detida quando dava uma entrevista em direto.

“Considero o governo responsável por tudo o que possa acontecer comigo. Tenho de ir, disseram-me para os acompanhar.” Dina Stars estava em casa, a dar uma entrevista para o canal espanhol Cuatro, quando foi levada pela polícia. O seu paradeiro era esta quarta-feira desconhecido. A organização não governamental Human Rigths Watch diz que o número de desaparecidos ultrapassa os 150.

O bloqueio das comunicações foi a forma que o regime encontrou para travar a mobilização do povo. O ministro dos Negócios Estrangeiros cubano, Bruno Rodríguez, chegou a acusar os Estados Unidos de realizarem uma campanha no Twitter, através da palavra-chave #SOSCuba, para incitar a agitação social na ilha.

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, também se pronunciou e exortou ao respeito pelo direito à manifestação em Cuba e voltou a pedir o fim das sanções norte-americanas.

Na zona onde domingo milhares de cubanos desfilaram aos gritos de ‘Liberdade’, estavam esta quarta-feira estacionados veículos da polícia.

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