Ciclone extratropical está a atingir o sul do país. Foram cancelados mais de 200 voos.
A maior cidade do Brasil, São Paulo, vive esta quinta-feira o segundo dia consecutivo de caos devido a ventos ciclónicos que começaram na madrugada de quarta e que, de acordo com a previsão meteorológica, devem continuar pelas próximas horas, e que são o efeito colateral de um ciclone extratropical que atinge o sul do país, a 1500 km. Milhões de pessoas estavam às 9 horas locais, 12 horas em Lisboa, sem energia eléctrica, sem internet, sem água e sem saberem quando esse caos irá terminar, pois mesmo após o cessar do vendaval ainda há muita coisa para consertar.
Por toda a gigantesca cidade, que só na sua área urbana tem 12,5 milhões de habitantes e cerca de 28 milhões na sua área metropolitana, o cenário é de destruição, muita confusão e apreensão generalizada. Escolas, postos de saúde, comércios e outros imóveis tiveram os telhados arrancados pela força dos ventos, que ultrapassou os 100 km na quarta e esta quinta já atingiu os 89 km, coberturas de postos de combustíveis foram arrancadas inteiras e voaram longe, e portas e janelas de vidro de muitos prédios altos simplesmente foram estilhaçadas, e moradores dos arranha-céus que são a marca de São Paulo têm de subir e descer a pé pelas escadas dezenas de andares, incluindo crianças e idosos.
Um balanço parcial da edilidade paulistana revelou que pelo menos 231 árvores de grande porte foram arrancadas pela raíz em vários bairros da cidade, levando com elas cabos e postes de energia eléctrica. No mesmo horário, o número de imóveis sem energia na capital paulista era de mais de 1,5 milhões, o que representa mais de 4,5 milhões de pessoas afectadas, e a Enel, a empresa italiana detentora da concessão de fornecimento de energia não tinha previsão do restabelecimento da normalidade.
Sem energia, as bombas que permitem a elevação da água distribuída à população não funcionam nem em edifícios nem mesmo nos centros de abastecimento, e boa parte da cidade não tinha acesso ao precioso líquido. O trânsito, já caótico em dias normais numa cidade que tem mais de 8,5 milhões de veículos, está ainda mais confuso e difícil, porque a falta de energia desligou os semáforos.
O tráfego aéreo é outra área muito afectada pelo vendaval que assola São Paulo há mais de 24 horas, tanto pelo risco às aeronaves quanto pelo desligamento de equipamentos em aeroportos, não só na capital paulista mas em vários pelo país. Nos dois principais aeroportos paulistas, o de Guarulhos, nesta cidade vizinha a São Paulo, e o de Congonhas, na zona sul, 221 voos foram cancelados entre quarta e esta quinta, provocando o cancelamento em cadeia de 40 no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e de mais 30 no Aeroporto Internacional de Brasília, por exemplo.
Não há informações sobre vítimas fatais, somente de feridos ao serem atingidos na rua por objectos, mas os prejuízos são incalculáveis, com todo o tipo de imóveis destelhados e veículos sendo destruídos por árvores que desabaram ou por telhas e grandes placas que voaram durante rajadas. Nem dentro de casa as pessoas escaparam, pois mesmo com todas as janelas fechadas uma poeira grossa entra pelas frestas e toma conta de tudo, e o vento forte que entra por baixo do telhado derrubou os forros de muitas residências.
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