Disparos acontecem na sequência de tensões vividas durante quinta-feira, após o Ministério Público ter decretado prisão preventiva do ministro das Finanças, Sulemaine Seide, e do secretário de Estado do tesouro, António Monteiro.
Tiros de armas de guerra foram ouvidos esta sexta-feira, em Bissau, capital da Guiné-Bissau, por volta da 01h20, prolongando-se por alguns minutos, como testemunhou a Lusa no local.
Os tiros foram ouvidos no bairro de Luanda, arredores de Bissau e desconhece-se a origem dos disparos.
Os tiros acontecem na sequência de tensões vividas durante toda a noite de quinta-feira, depois de o Ministério Público ter decretado a prisão preventiva do ministro das Finanças, Sulemaine Seide, e do secretário de Estado do tesouro, António Monteiro.
Os dois membros do Governo foram levados para a sede da Polícia Judiciária, de onde terão sido retirados das celas por elementos da Guarda Nacional, segundo indicaram à Lusa várias testemunhas.
O ministro da Economia e Finanças da Guiné-Bissau, Suleimane Seidi, e o secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro, foram esta sexta-feira detidos no âmbito de um processo relacionado com pagamentos a empresários, disse à Lusa fonte judicial.
De acordo com a fonte, Seidi e Monteiro ficaram em prisão preventiva e foram conduzidos para as celas da Polícia Judiciária no bairro do Reno, perto do Mercado do Bandim, no centro de Bissau, após cerca de seis horas de audição no Ministério Público.
Os dois governantes estão a ser investigados no âmbito de um pagamento de seis mil milhões de francos CFA (cerca de 9,14 milhões de euros) a 11 empresários, através de um crédito a um banco comercial de Bissau.
A oposição, que denunciou o caso no parlamento, defende tratar-se de crime, prevaricação e desrespeito a normas orçamentais, imputados ao Ministro da Economia e Finanças, ouvido na passada segunda-feira no parlamento.
Naquela instância, Suleimane Seidi confirmou a solicitação do crédito, defendeu que todo o processo obedeceu à legalidade e ainda reafirmou ser um procedimento normal entre os Governos da Guiné-Bissau.
A oposição, na voz do Movimento para a Alternância Democrática (Madem G15) considera o processo fraudulento por envolver "apenas empresários ligados ao Governo" da coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI - Terra Ranka).
Logo após a denúncia do caso, o Ministério Público efetuou buscas e apreendeu documentos no Ministério da Economia e Finanças e ainda no banco que concedeu o crédito para o pagamento aos empresários.
Vários dirigentes do Ministério da Economia e Finanças já foram ouvidos desde a semana passada e esta sexta-feira os dois principais responsáveis da instituição foram detidos.
Suleimane Seidi e António Monteiro são dirigentes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que lidera a coligação PAI -Terra Ranka, no Governo, juntamente com o Partido da Renovação Social (PRS), Partido dos Trabalhadores da Guiné (PTG) e mais cinco pequenas formações políticas.
O Madem G15 e a Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU - PDGB) são os únicos da oposição no parlamento.
A detenção do titular da pasta das Finanças ocorreu no dia em que o Governo aprovou, em Conselho de Ministros, o Orçamento Geral do Estado para 2024, agendado para discussão e votação na sessão plenária da Assembleia Nacional Popular, que decorre até 27 de dezembro.
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